Depois de 4 meses, APAS registra alta na inflação nos supermercados da região

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 25 de novembro de 2017 às 02:55
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:27
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Os grandes vilões do mês de outubro foram os produtos in natura, que subiram 7,92%, maior índice desde 2016

Os grandes vilões do mês de outubro foram os produtos in natura, que subiram 7,92%, um aumento que não era observado desde janeiro de 2016 (quando subiu 9,55%). A evolução do mês passado é a nona maior já observada na série histórica que começou em 1994.

Apesar da alta em outubro, até setembro, no acumulado do ano, os produtos in natura registravam queda de 8,71%, e contribuíram de forma importante para o bom resultado do Índice de Preços dos Supermercados em 2017.

Quando são feitas análises desses produtos nos seus subgrupos, esta avaliação demonstra que o aumento foi generalizado nas frutas e legumes, porém, específico a um produto nos tubérculos. No geral, as frutas subiram 6,79%, legumes 7,20% e tubérculos 17,01%, o que fez o índice mensal de inflação geral ter o segundo maior aumento do ano.

 Duas frutas de peso na mesa do consumidor tiveram aumentos significativos: o limão (42,92%) teve disparo no preço por conta da entressafra que ocorreu no mês de outubro. Já a laranja (cresceu 13,86%) está com a demanda em alta, porém, o período de seca reduziu a qualidade das lavouras, o que fez com que o preço subisse.

 Na marcha dos preços dos legumes, o tomate é o que mais chama atenção. Fortes perdas em Goiás – que chegaram a 100% em alguns casos, causaram problemas na colheita e no transporte. Já a cenoura observou aumento no atacado, pois houve menor produtividade das lavouras e redução da área de temporada. Em relação aos tubérculos, a batata obteve 54,51% de aumento, devido às chuvas que prejudicaram a colheita além do final de safra.

O próximo mês terá ligeira aceleração de preços, naturais pelo aumento da demanda de produtos específicos como panificados (panetone), carnes suínas e bovinas. Ainda assim é plausível que, em 2017, a inflação mensurada pelo IPS termine estável ou com uma pequena elevação.

Produtos industrializados apresentaram estabilidade, variando 0,18%. Os principais responsáveis foram os doces, com redução de 1,64%, e os derivados da carne, com aumento de 0,93%. Em 12 meses, os preços dos produtos industrializados estão praticamente estáveis. Já o acumulado de 2017 está em queda de 0,72%.

Produtos semielaborados (carnes, leite e cereais) demonstram leve redução nos preços em outubro, na ordem de 0,17%, e são um dos grupos alimentícios que mantêm baixo o IPS do ano. Itens essenciais no prato do brasileiro, o arroz e o feijão seguem em redução no acumulado do ano, com queda, respectivamente, de 7,67% e 36,60%. O principal item que colabora para o resultado de deflação desta categoria são os cereais, que caíram 17,72% em 2017. Em segundo lugar vem o leite, com queda de 10,54%. Em 12 meses, os produtos semielaborados registram forte diminuição de 8,58% e, no acumulado de janeiro a outubro, a redução foi de 5,98%.


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