Previsão meteorológica para a próxima semana alerta para risco de queimadas no interior do Estado de São Paulo
Segundo os meteorologistas do Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil a umidade relativa do ar ficará baixa já a partir deste fim de semana, cenário propício para queimadas florestais
A Defesa Civil do Estado informa que, entre sábado (17) e quarta-feira (21), o tempo voltará a ficar firme e as chuvas serão restritas apenas à faixa leste paulista e, dessa forma, a umidade relativa do ar volta a entrar em queda, principalmente no norte, oeste e centro do Estado de São Paulo, onde haverá risco para incêndios.
A baixa umidade do ar virá acompanhada de fortes rajadas de vento, que podem variar entre 40 km/h e 60 km/h, em grande parte do Estado, principalmente no sábado (17) e no domingo (18). Os fortes ventos despertam a preocupação, pois diante de uma queimada podem espalhar os focos de incêndio para outras áreas.
Operação Estiagem
Para prevenir e combater as queimadas florestais, a Defesa Civil do Estado desenvolve anualmente a Operação Estiagem. A edição deste ano começou no dia 1º de junho e vai até 30 de setembro.
Meses antes são realizadas as Oficinas Preparatórias (OPOE), voltadas para o treinamento e capacitação dos agentes municipais. Somente esse ano foram capacitados 1.500 agentes, em 333 cidades do estado, constituindo brigadas de incêndio locais.
Outra importante iniciativa é a ação de aparelhamento dos municípios paulistas, com a entrega de viaturas e equipamentos.
Desde 2020, o Governo do Estado de SP já investiu R$ 76 milhões, com a aquisição de 478 veículos e mais de 7 mil equipamentos, que foram distribuídos para 412 cidades.
Planos de contingência
Com esses equipamentos os agentes municipais encontram-se ainda mais preparados para combater os incêndios.
Também durante a Operação Estiagem a Defesa Civil desencadeia planos de contingência nas regiões mais suscetíveis aos problemas decorrentes da seca, por meio do monitoramento da Umidade Relativa do Ar (URA), pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), sempre emitindo alertas à população quando a Umidade Relativa do Ar atinge níveis abaixo dos 30%.
Também compete ao CGE a contratação de aeronaves de asa fixa para combater os incêndios.
Nova ferramenta de monitoramento para queimadas
Neste ano a Defesa Civil vem testando uma nova ferramenta de monitoramento via satélite, capaz de identificar, em tempo real, áreas de queimadas em todo o território do estado de São Paulo.
A nova tecnologia também emite alertas com as áreas que possuam maior probabilidade às queimadas, classificando-as em alerta, alto ou baixo risco à queimada.
O sistema utiliza dados e imagens de quatro satélites diferentes, a inteligência artificial cruza os dados e exibe aos operadores do sistema os focos de incêndio captados pelos equipamentos.
Já para mapear as áreas com maior risco a incêndios o sistema utiliza diversas variáveis, como por exemplo: umidade do ar, temperatura, acumulado de chuvas e previsão para os próximos dias, vento e radiação solar.
Com esse cálculo é possível estimar o risco dos próximos cinco dias, permitindo, assim, a adoção de medidas preventivas antecipadas para a prevenção às queimadas.
Nos primeiros meses de teste já foi possível confirmar a efetividade da nova tecnologia. Os operadores já conseguiram identificar focos de incêndio em diversos pontos do estado de SP, permitindo o acionamento do Corpo de Bombeiros e dos agentes da brigada municipal, responsáveis por irem ao local e combaterem as chamas.
Prevenção
Estudos indicam que a maioria dos incêndios são ocasionados por uma ação humana, tanto criminosa, quanto não intencional.
As queimadas emitem gases tóxicos que prejudicam o meio ambiente e a saúde humana, causando problemas no sistema respiratório e desordens cardiovasculares.
Os cidadãos devem colaborar adotando algumas posturas preventivas:
Não faça queimada para limpeza de terreno ou para destruição de lixo, optando sempre pelo descarte no lugar indicado;
não jogue cigarros ou fósforos acesos às margens de rodovias;
A soltura de balões, além de ser crime, pode provocar acidentes aéreos e incêndios.