Daqui uns dias chega a revolução do “open banking”. O que isso muda na sua vida?

  • Robson Leite
  • Publicado em 24 de junho de 2021 às 09:00
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

O relacionamento bancário vai mudar de forma. Continua, mas muda em relação ao que as pessoas estão acostumadas hoje.

As possibilidades abertas pelo open banking são inúmeras.

Elas vão de crédito de nicho com juros menores a inovações como serviços de análise de fluxo de caixa de empresas ou aconselhamento de hábitos de consumo por aplicativos.

Apesar dessa infraestrutura que permite troca de informações de forma padronizada pelos bancos ter ganhado holofote nos últimos dias, a tendência é que no futuro nem nos demos conta da sua existência.

A avaliação foi feita por João André Pereira, chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, ao 6 Minutos.

“No final das contas, a gente nem vai saber que tem open banking por trás. Nossa vida vai ficar muito mais fácil, e nossos filhos nem vão entender porque a gente tinha que ficar na fila do banco”, afirma.

Ele explica que ainda não é possível saber a rapidez com que as instituições financeiras criarão projetos para utilizar o open banking, mas a expectativa é que os efeitos sejam vistos com rapidez.

“Acho que isso vai acontecer rapidamente pela velocidade com que as coisas vem acontecendo. Hoje, peço comida na internet e dali a pouco está na minha casa. Peço um carro e de repente ele está na frente da minha casa. Tudo é muito rápido.”

É o fim do relacionamento bancário?

O que acontece é que o relacionamento bancário muda de forma. Continua, mas muda em relação ao que as pessoas estão acostumadas hoje.

É uma disrupção da fidelização do cliente, que era muito pautado no relacionamento antigo. Aquela credibilidade de que ‘estou há muitos anos aqui’ muda.

A pergunta passa a ser: ‘qual o valor agregado que você me oferece nesse relacionamento?’. É isso que passa a fidelizar o cliente, não mais o relacionamento.

Os bancos vão precisar se reinventar, mudar a forma de atender as pessoas. O home banking está muito diferente, a forma de interagir com o cliente está muito diferente.


+ Economia