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Identificar sinais de daltonismo na infância é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social
O daltonismo é uma condição genética na distinção das cores – foto Shutterstock
O daltonismo, também chamado de discromatopsia ou discromopsia, é uma condição genética caracterizada por uma anomalia na distinção de algumas cores.
Estima-se que ele atinja entre 8 e 10% da população mundial, muitas vezes, passando despercebido na infância, o que pode impactar o desenvolvimento educacional e social dessas crianças.
Mayra Melo, oftalmologista do CBV-Hospital de Olhos, explica que a identificação precoce do daltonismo é essencial para garantir que a criança receba o suporte necessário.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
Diagnóstico do daltonismo
O diagnóstico de daltonismo é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores.
A oftalmologista ressalta que, apesar de não haver cura para o daltonismo, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor com a condição.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.
Ela também enfatiza a importância da conscientização sobre o daltonismo entre educadores e pais para que a condição seja reconhecida e tratada com a devida atenção.
“Muitas vezes, o diagnóstico só ocorre quando a criança já está na escola, o que pode atrasar a implementação de medidas que ajudem no seu desempenho. Por isso, é fundamental que, ao menor sinal de dificuldade com cores, os pais busquem a orientação de um oftalmologista”, afirma.
Diante disso, a oftalmologista reafirma a importância de observar o seu filho (a) para buscar ajuda o quanto antes.
“Estar atento aos sinais desde cedo e buscar o diagnóstico pode mudar a trajetória de uma criança com daltonismo, garantindo que ela tenha as ferramentas necessárias para desenvolver todo o seu potencial”, conclui.
*Informações Alto Astral