Cuidado! Essas misturas de produtos devem ser evitadas ao limpar a casa

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 23 de março de 2025 às 17:00
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A tentativa de potencializar os efeitos dos produtos de limpeza para eliminar sujeiras impregnadas pode ser prejudicial para a saúde

Apesar de comum, a prática de misturar produtos de limpeza pode ser muito perigosa – foto Arquivo

 

É muito comum misturar diferentes produtos de limpeza na expectativa de obter uma faxina completa em casa.

Porém, apesar de ser uma prática comum, ela é muito perigosa e pode causar problemas de saúde, além dos danos no processo de higienização.

A combinação de agentes, em alguns casos, causa até mesmo danos ao sistema respiratório. Para assegurar a segurança do lar, confira quais produtos de limpeza não devem ser misturados.

Alvejante e limpa-vidros

Segundo a bióloga e microbiologista Nélida Delamoriae, a reação química entre a amônia (presente no limpa-vidros) e o cloro (na formulação do alvejante) gera cloramina, um gás tóxico que pode causar graves problemas respiratórios, como broncoespasmo e edema pulmonar.

Vinagre e bicarbonato de sódio

Prática comum por muitos indivíduos, essa combinação pode ser perigosa e ineficaz na limpeza dos espaços.

“A reação química entre os dois neutraliza as propriedades de limpeza de ambos, tornando a mistura ineficaz. Além disso, a produção de gás carbônico pode causar problemas se a mistura for feita em um recipiente fechado”, explica a bióloga.

Água sanitária e qualquer produto de limpeza

Segundo a especialista em treinamento de limpeza, Juçara Monaco, “Uma das misturas mais comuns e perigosas é a de água sanitária com amônia”.

“Essa combinação libera gases tóxicos, como a cloramina, que podem causar irritação nos olhos, no nariz e na garganta, além de problemas respiratórios graves”.

Com o vinagre, por sua vez, há a produção de vapores tóxicos que causam queimaduras, irritações e danos ao sistema respiratório.

Já no álcool, ela causa uma reação química tóxica e expõe o sujeito a alergias e complicações respiratórias.

“Outro erro frequente é a mistura de detergente com água sanitária”.

“Muitas pessoas acreditam que essa combinação potencializa a limpeza, mas, na verdade, o detergente contém compostos que podem reagir com o hipoclorito de sódio presente na água sanitária, liberando gases tóxicos prejudiciais à saúde”, complementa a especialista.

Produtos com cheiro forte

A presença de vapores químicos em ambientes fechados, como o banheiro, faz com que o risco seja ainda maior, pois a ventilação limitada facilita a inalação dessas substâncias.

“A longo prazo, a inalação contínua de gases tóxicos provenientes de misturas inadequadas pode causar problemas respiratórios crônicos, como bronquite e asma, além de irritações na pele e alergias”.

“Algumas substâncias podem até ter efeitos cancerígenos quando a exposição ocorre de maneira frequente”, destaca Juçara.

“A mistura de produtos ácidos com produtos de pH alto (alcalinos) pode gerar reações químicas exotérmicas, ou seja, que liberam calor”.

“Essa reação pode causar desde irritações e queimaduras até explosões, dependendo dos produtos envolvidos e das quantidades utilizadas”, explica Nélida.

Sinais de que a mistura foi feita de forma inadequada:

– Liberação de fumaça ou gases;
– mudança na cor da mistura;
– aquecimento do recipiente;
– irritação nos olhos, no nariz e na garganta;
– tonturas, náuseas ou outros sintomas.

Cuidados

O rótulo fornece todas as instruções de uso de cada produto, basta seguir as descrições na embalagem e garantir que tenham registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ademais, uma dica importante é armazenar os produtos fora do alcance de crianças e animais e usar itens específicos para cada tipo de superfície.

Ao limpar o banheiro, a segurança deve vir sempre em primeiro lugar. “A regra é clara: nunca misture produtos de limpeza diferentes, a menos que as instruções do fabricante indiquem que a combinação é segura”.

“Leia sempre os rótulos dos produtos com atenção e, em caso de dúvida, consulte o fabricante”, finaliza a microbiologista.

*Fonte Casa e Jardim


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