Crescimento do emprego na saúde tem ritmo mais acelerado no 1º semestre

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  • Publicado em 24 de setembro de 2019 às 19:04
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:51
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Boletim Econômico da Fehoesp indica aumento de 50% no volume de empregos formais na área da saúde

Yussif Ali Mere Junior, presidente da FEHOESP (Foto: Reprodução)

Se
o ritmo de contratações do segundo semestre acompanhar a tendência dos
primeiros seis meses, 2019 gerará 50% mais empregos que o ano passado no setor
de saúde. Em 2018 foram criados, segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho, 82.707 empregos no setor,
enquanto que de janeiro a junho de 2019 o número de contratações atingiu 63.255
vagas, o que corresponde a 76,44% das contratações do ano anterior. 


“Desde o início da crise econômica, o setor de saúde brasileiro nunca registrou
dados negativos, sempre gerou mais empregos do que demissões. Isso mostra a
força desse segmento, que é totalmente dependente de mão de obra especializada.
Os dados do primeiro semestre de 2019 mostram que os empresários da área estão
investindo. Além disso, na saúde a tecnologia não substitui pessoas”, afirma o
presidente da  Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado
de São Paulo (FEHOESP), Yussif Ali Mere Jr.

No Brasil
Em junho de 2019, o Brasil registrou 2.298.165 trabalhadores na área da
saúde. Destaca-se a criação de 32.620 postos de trabalho na atividade
atendimento hospitalar e também a geração de 10.718 vagas de trabalho na
atividade médica ambulatorial.

No estado de SP
O estado de São Paulo computou, em junho de 2019, o contingente de 751.719
trabalhadores no setor de hospitais, clínicas e laboratórios.

Enquanto que em todo o ano de 2018 o setor saúde empregou 24.085 trabalhadores
no estado, em apenas 6 meses de 2019 já abriu 16.459 novos postos de trabalho,
destacando-se a geração de 7.289 postos na atividade de atendimento hospitalar.
Esse crescimento corresponde a 68,33% das vagas criadas no ano passado. E, caso
esse ritmo se mantenha, estima-se que o ano de 2019 irá gerar cerca de 36% a
mais de colocações no mercado com carteira assinada no estado.

São
Paulo emprega 33% do contingente de trabalhadores alocados no setor no país.

Leitos diminuem no SUS e crescem na rede não SUS

O
Sistema Único de Saúde (SUS) contabilizou, em junho de 2019, segundo o Datasus,
328.653 leitos, divididos entre leitos gerais e complementares. Ao comparar
junho de 2019 com dezembro de 2018, contabiliza-se o fechamento de 2.341 leitos
SUS no país, o que significa uma redução de 0,7% no número total de leitos,
segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Os leitos SUS
passaram de 333.196, em dezembro de 2017, para 328.653 em junho de 2019, uma
redução de 4.543 leitos em 18 meses (queda de 1,4%).

Aumenta número de leitos não SUS

Quanto
aos leitos não SUS no país, houve abertura de 4.458 novos no primeiro semestre
de 2019, um crescimento de 2,8%. Os setores com maior crescimento de leitos
foram o hospital/dia, que passou de 5.544 para 6.078 leitos (crescimento de
9,6%)e a UTI pediátrica, que cresceu de 2.036 leitos para 2.226 leitos (9,3%).
“Os leitos de pediatria, inclusive os de UTI, estão se reorganizando, já que o
setor privado se adequa à demanda. E os leitos em hospitais-dia também mostram
uma tendência já consolidada”, adianta Yussif Ali Mere Jr.

No
Estado de São Paulo, em junho de 2019, segundo o CNES, o SUS contabilizou
60.262 leitos divididos entre as diversas especialidades. Ao comparar junho de
2019 com dezembro de 2018, nota-se uma redução de 0,9% no número de leitos SUS,
o que significa um fechamento de 573 leitos.

Quanto
aos leitos não SUS, foram fechados, no Estado, 153 leitos, representando um
recuo de 0,3% do total no semestre, como resultado do fechamento de 244 leitos
gerais e da abertura de 91 leitos complementares, categoria na qual são
considerados os leitos de UTI. “As análises trimestrais, semestrais e anuais
feitas pela FEHOESP mostram que o SUS vem perdendo leitos no país. Porém, não
basta apenas analisar o fechamento de leitos por si só. Precisamos analisar a
resolutividade dos leitos do SUS disponíveis hoje no país. Não basta abrir ou
manter leitos que não sejam resolutivos, eficientes”, defende o presidente da
FEHOESP.

Os
leitos não SUS no Estado de São Paulo passaram de 46.543 para 46.390.


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