Correios: audiência termina sem acordo e TST julgará caso no dia 21

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 12 de setembro de 2020 às 13:08
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:13
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Trabalhadores estão em greve desde 17 de agosto, se dizem contra privatização e criticam ‘negligência’

Terminou sem acordo na sexta-feira (11) a audiência de conciliação entre os Correios e os trabalhadores da empresa pública. Com isso, informou o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o dissídio coletivo da greve será julgado no próximo dia 21 de setembro.

Os trabalhadores estão em greve desde 17 de agosto e, segundo o TST, os Correios não apresentaram proposta na audiência desta sexta.

Em nota, os Correios informaram que seguem trabalhando para reduzir os efeitos da paralisação e que a rede de atendimento segue aberta. “Nas últimas quatro semanas, seguindo o plano de continuidade do negócio, já foram mais de 187 milhões de objetos postais, entre cartas e encomendas, entregues em todo o país”, declarou a empresa.

De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), os grevistas são contra a privatização da estatal, reclamam do que chamam de “negligência com a saúde dos trabalhadores” na pandemia e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos.

No julgamento do próximo dia 21, os ministros do TST podem decidir o valor do reajuste salarial e outras cláusulas que passarão a vigorar no novo acordo coletivo de trabalho.

No julgamento do último dissídio coletivo da categoria, os ministros do TST decidiram, por exemplo, pela exclusão de pais e mães do plano de saúde da empresa.

Greve

A entidade que representa os trabalhadores argumenta que eles foram surpreendidos com a revogação do atual Acordo Coletivo, que estaria em vigência até 2021.

Em nota divulgada no início da paralisação, os Correios informaram que, desde o início da negociação do acordo coletivo, têm sido transparentes sobre a situação econômico-financeira.

“A empresa não tem mais como suportar as altas despesas, o que significa, dentre outras ações que já estão em andamento, discutir benefícios que foram concedidos em outros momentos e que não condizem com a realidade atual de mercado”, afirmam os Correios.


+ Trabalho