Coronavírus desenvolve-se em ar seco com baixa umidade, aponta estudo

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 8 de setembro de 2020 às 01:22
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:12
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A disseminação global do SARS-CoV-2 entre as pessoas ocorre por meio de gotículas respiratórias e aerossóis

​Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Sydney e da Escola de Saúde Pública da Universidade Fudan, em Xangai, sugere que a baixa umidade aumenta o risco de disseminação do SARS-CoV-2 (o vírus responsável pela Covid-19).

Fatores climáticos de propagação da Covid-19​

A disseminação global do SARS-CoV-2 entre as pessoas ocorre por meio de gotículas respiratórias e aerossóis. 

Estudos anteriores mostraram que a temperatura pode afetar a propagação do SARS-CoV-2 por meio da sobrevivência do vírus, em que eles prosperam mais em temperaturas mais baixas. Em umidade mais baixa, mais matéria viral permanece suspensa por mais tempo.

O coronavírus pode sobreviver por longos períodos em superfícies e no ar. Quando uma pessoa infectada espirra, tosse ou fala, pode produzir aerossóis e gotículas respiratórias infecciosas. 

Como as gotículas são maiores, elas pousam nas superfícies mais rapidamente. Por outro lado, como os aerossóis são menores e mais leves, eles permanecem no ar por longos períodos, o que explica porque a transmissão do SARS-CoV-2 é mais provável quando o ar está mais seco e a umidade é menor.

Sobre o estudo​

Os pesquisadores tiveram como objetivo determinar como a temperatura afeta a transmissão do vírus, olhando especificamente para a umidade.

O estudo, publicado na revista Transboundary and Emerging Diseases, descobriu que o número de casos locais de Covid-19 em Sydney aumentou conforme o ar se tornava mais seco e o nível de umidade diminuía. 

Para chegar a estas conclusões, a equipe monitorou o número diário de casos de SARS-CoV-2 relatados em New South Wales Health. 

A equipe observou ainda que, como os casos eram comunicados por código postal, era mais fácil identificar a origem de cada um, permitindo a eles compilar os números diários de casos de fevereiro a maio, comparando-os com as estações meteorológicas mais próximas.

A equipe descobriu que quando a umidade é menor, o ar fica mais seco e para cada diminuição de 1% na umidade relativa, havia um aumento de 7 a 8% nos casos.

O estudo não encontrou nenhuma ligação entre os casos de SARS-CoV-2 e a precipitação, temperatura ou velocidade do vento.

*Informações Notícias ao Minuto


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