Coordenadora cobra aplicação do Saresp e fala de escolas fechadas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de outubro de 2019 às 19:28
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:55
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Andreia Braguim fez questionamentos pontuais envolvendo diversos aspectos da rede municipal de ensino

O Dia 15 de oubutro foi Dia do Professor, mas em Franca, no entanto, passou longe de qualquer comemoração a fala da coordenadora pedagógica municipal Andreia
Braguim, na Tribuna da Câmara Municipal de Franca, na manhã da terça-feira.

Andreia se queixou, primeiramente, da decisão do secretário municipal de Educação, Edgar Ajax dos Reis Filho, de não aplicar a prova do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) a estudantes dos 3º, 5º, 7º e 9º anos do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio.

“Estamos fora de um indicador que aponta nossas metas e planejamento. O
argumento da Prefeitura de que é preciso gastar R$ 80 mil com o Saresp não
me convence, porque houve recentemente anulação de recursos da Educação.
Não é custo, é falta de vontade. Nos bastidores, os professores se
perguntam se a Prefeitura quer usar índices anteriores do Saresp para não
indicar uma recaída dos índices atuais, diante de uma gestão que não tem a
educação como prioridade. Além disso, as datas do exame também são
negociáveis”, afirmou. A coordenadora pediu aos parlamentares que cobrassem
de Edgar a realização do Saresp, porque há tempo de reverter a situação.

Escolas fechadas, professores sobrecarregados

Braguim também reclamou de algumas escolas municipais que se encontram fechadas atualmente. Por causa disso, muitas salas de aula apresentam capacidade máxima (30 alunos), deixando os professores sobrecarregados e esgotados. 

Outra solicitação foi que o Conselho Municipal de Educação opinasse sobre projetos e programas da Prefeitura, além de pedir que os vereadores participassem com mais frequência das atividades do órgão.

Andreia ainda reclamou que não há qualquer iniciativa de prevenção de doenças nas escolas municipais, e que a demora na realização de licitações está causando escassez de materiais na rede municipal de ensino. Por fim, ela criticou o Projeto de Lei Complementar nº 32/2019, na pauta para ser votado, por alegar que ele causaria uma redução da remuneração dos professores do PEB I, por permitir o pagamento por horas/aula.

Os vereadores se comprometerem a tomar medidas para sanar as situações
apontadas por Andreia. Corrêa Neves Jr. (PSD) afirmou que os parlamentares apresentarão uma emenda supressiva para eliminar a expressão “horas/aula”
do projeto. 

Adérmis Marini (PSDB) propôs elaborar um projeto de lei determinando o parecer do Conselho de Educação em projetos do setor educacional. Já Carlinho Petrópolis Farmácia (MDB) irá protocolar um Requerimento cobrando a realização do Saresp, e, como vice-presidente da Comissão permanente de Educação, Esporte, Cultura e Lazer da Câmara, comprometeu-se a ser mais presente em reuniões do Conselho. Por fim, Marco Garcia cobrou um posicionamento de Edgar Ajax e afirmou que os R$ 80 mil necessários para a aplicação do Saresp não são uma despesa, e sim investimento.


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