Conta de luz deve ter custo extra com bandeira vermelha até final do ano

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 8 de agosto de 2018 às 16:20
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:55
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Bandeira é acionada em situações de menor oferta de geração de energia elétrica, que está em nível crítico

As contas de luz
devem manter uma cobrança adicional junto aos consumidores acionada pela
chamada bandeira tarifária vermelha nível 2 até a reta final do ano, quando
acaba o chamado “período seco” na região das hidrelétricas, principal
fonte de energia do país, alertou nesta quarta-feira, 08 de agosto, o
diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo
Barata.

As bandeiras, acionadas em situações de menor oferta
de geração, estão no nível mais crítico e que gera a maior sobretaxa, em meio a
um cenário bastante desfavorável de precipitações. Em julho, por exemplo, as
chuvas na área dos reservatórios hídricos foram as piores da história, segundo
Barata, que falou durante evento do setor no Rio de Janeiro.

Apesar da situação, o ONS não vê riscos de
racionamento de eletricidade.

Especialistas já previam que a bandeira vermelha
nível 2 poderia vigorar até o final do ano devido à piora nas chuvas, conforme anunciado
em meados de junho.

Para compensar as
chuvas fracas, no entanto, o órgão do setor elétrico vem despachando mais
térmicas, o que aumenta o custo de operação do sistema. Atualmente, há usinas a
óleo e diesel acionadas para atender à demanda, as mais caras e poluentes do
parque termelétrico do país.

Barata estimou que os reservatórios do
Sudeste/Centro-Oste, onde estão as principais hidrelétricas, deve chegar ao
início do chamado “período úmido”, em novembro, com nível de
armazenamento de entre 18 a 20%, patamar semelhante ao visto no ano passado, o
pior do histórico.

A estimativa é bem inferior à estimativa de cerca de
40 por cento realizada em fevereiro, ainda no início do último período de
chuvas, que veio abaixo das expectativas.

Já no Nordeste, a perspectiva é de um nível em
novembro perto de 30 por cento, contra 5 ,5 por cento no ano passado, em
virtude de uma administração diferenciada da vazão da bacia do São Francisco
pelo ONS para manter água no rio Sobradinho.


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