Consumo exagerado de sal contribui para obesidade e outras doenças

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 7 de abril de 2018 às 11:20
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:40
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ABIA tem expectativa de retirar, até 2020, mais de 28 mil toneladas de sódio do mercado brasileiro

Fast
food, frituras, gordura e doces. Estes são alguns dos alimentos ricos em sódio,
substância que, quando ingerida em excesso, auxilia no desenvolvimento da
obesidade.

A
Pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças
Crônicas por Inquérito Telefônico) revela que 48,6% dos brasileiros avaliaram
como médio seu nível de consumo diário de sódio. No entanto, no Brasil,
estima-se o consumo médio de quase 12g por pessoa por dia, o que é mais do que
o dobro do que a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), de no
máximo de 5 gramas ao dia. O Ministério da Saúde incentiva o uso moderado de sal
no preparo dos alimentos e firmou um contrato com a Associação Brasileira das
Indústrias Alimentares (ABIA), em 2011, para reduzir o teor de sódio em
alimentos processados no Brasil. A expectativa é retirar, até 2020, mais de 28
mil toneladas de sódio do mercado brasileiro. 

As
indústrias alimentícias reduziram 1.295 toneladas de sódio em três tipos de
alimentos: pão de forma, bisnaguinhas e macarrão instantâneo, no período entre
2011 e 2012. A previsão é que esta redução se mantenha, alcançando mais de 1,8
mil toneladas até o fim deste ano. Esses ganhos na alimentação do brasileiro
são resultados do Acordo de Cooperação firmado, em 2011, entre Ministério da
Saúde e Associação das Indústrias da Alimentação (ABIA) para monitoramento do
uso de sódio em alimentos industrializados.

O sódio
regula a quantidade de líquidos que ficam dentro e fora das células. Quando há
excesso do nutriente no sangue, ocorre uma alteração no equilíbrio entre esses
líquidos sobrecarregando o coração e os rins, situação que pode levar à
hipertensão. É importante alertar a população para a mudança de alguns
hábitos alimentares, tanto no consumo de sal na hora das refeições quanto na
escolha dos produtos nas gôndolas dos supermercados. “Ressaltamos ainda
que não estamos banindo o consumo do sal, e sim, evitando o excesso, que é
prejudicial à saúde”, destacou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Promoção
da Saúde

Essas
ações, assim como o incentivo à atividade física e a alimentação saudável, a
prevenção da obesidade infantil nas escolas, orientações sobre a importância de
parar de fumar e a expansão da assistência em doenças crônica, integram o Plano
de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não
Transmissíveis (DCNT) do Ministério da Saúde. Lançado em 2011, a iniciativa
visa prevenir e reduzir as mortes prematuras por diabetes, câncer, hipertensão
e outras doenças do aparelho circulatório e respiratório. 


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