Conhece o trabalho dos mordomos no basquete? Veja a importância deles para os times

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 13 de junho de 2024 às 14:00
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O competente Wellington Pereira é o mordomo do Sesi Franca há mais de uma década

Sesi Franca e Flamengo buscam o título do NBB por causa de sua competência e talento nas quadras. Mas há outros fatores que os ajudam a obter um algo a mais. Além da estrutura para trabalhar, contam com profissionais nos bastidores que são fundamentais para o sucesso de cada equipe.

São nutricionistas, fisioterapeutas, preparadores físicos, psicólogos, médicos e mordomos, cujo o trabalho é revertido em arrancadas, saltos, arremessos, enterradas e naquela bola capaz de decidir uma partida.

A Liga Nacional de Basquete falou com Denílson Claudino, mordomo do Flamengo e Wellington Pereira, mordomo do Sesi Franca, para entender como a organização de roupas, materiais esportivos, cuidados com os bens dos atletas e até a distribuição de água pode ajudar um time a ser campeão do Novo Basquete Brasil.

Responsabilidade nos bastidores

Eles precisam ter a inteligência organizacional de um grande armador, muitas vezes fazem o trabalho pesado como um pivô no “Pick and Roll” e são líderes de assistências mais do que qualquer ala.

Os mordomos fazem muitas funções para facilitar a vida dos atletas e treinadores, são personagens que vivem grandes histórias e se entregam pelo time para vê-lo campeão. Assim, Denílson e Wellington trabalham do dia a dia. Eles que alinham os uniformes, enchem as bolas de treinos e disponibilizam garrafas de água, fornecem toalhas limpas aos jogadores.

“No dia a dia, o mordomo não cuida apenas do uniforme. Cuida de toda a estrutura para o treino acontecer, com bola, com água, com os materiais dos jogadores. Nos dias de jogo, temos que deixar tudo pronto, além da parte organizacional do jogo, como placas de publicidade, águas nos vestiários, deixar os uniformes dos jogadores nos devidos lugares. Em viagens, fica muita coisa sob minha responsabilidade, rouparia, tem jogadores que deixam os pertences deles comigo. No meu caso, procuro ajudar também nos treinos do técnico e assistente, devolvendo a bola para os jogadores”, comentou Wellington.

Torcedores e amigos

A vida de um mordomo está intimamente ligada às conquistas e frustrações do clube. Wellington já tem uma década de dedicação ao time francano. Denílson tem ainda mais tempo de Flamengo.

“Eu vou fazer 14 anos de clube, entrei em janeiro de 2011. Temos muitas histórias legais. Na época do Marcelinho Machado tínhamos muitas histórias. Ele ‘cobrava’ 50 reais de cada jogador que chegasse atrasado nos treinos durante o ano e, ao final da temporada, separava esse dinheiro e fazia um churrasco para os funcionários. O que sobrava, distribuía como ‘caixinha’ para nós. O Olivinha hoje em dia também me ajuda muito, sou muito grato a eles”, disse.

Os mordomos convivem com times cheios de entrosamentos e outros que se reformulam e criam novos laços. “Na temporada passada, o time já estava formado. Nessa temporada, o time foi montado no decorrer do campeonato do NBB. O Sesi Franca sempre quer ganhar título, o nosso time cresceu no momento certo para esse objetivo”, comentou Wellington.

Torcedor de luxo

Mordomo também é um torcedor de luxo, que tem o privilégio de estar bem perto da quadra nos momentos decisivos e que fica apreensivo. “A expectativa é a melhor possível, chegamos a mais uma decisão, vamos para ganhar mais uma. Faz muito tempo que nossa comissão está junta, sempre um procurando ajudar ao outro, nosso grupo é muito fechado, para sempre deixar que os jogadores se preocupem em fazer a cesta”, falou Wellington.

A Liga Nacional de Basquete destacou em seu site que acredita na importância dos mordomos e valoriza muito o trabalho desses profissionais.


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