Conheça quais são os mitos e verdades sobre a perigosa gengivite

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de setembro de 2018 às 14:36
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:00
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Especialista esclarece dúvidas sobre causas e tratamentos para o problema que ataca as gengivas

Entre os
problemas bucais que mais afetam a população está a gengivite, caracterizada
por gengivas inflamadas e causada, principalmente, pelo descuido com a higiene
bucal.

Apesar de comum, a
doença é ignorada por muitos, acarretando disfunções mais graves, tanto na
região da boca como em outras partes do organismo.

Para conscientizar as
pessoas dos riscos que o não tratamento da gengivite proporciona, Isabella
Mendes, dentista, esclarece mitos e verdades sobre o problema:

Principal causa: falta de higiene
bucal

Com a higiene oral
deficitária há o acúmulo de placa bacteriana entre os dentes, causando a
inflamação da gengiva. Porém, outros fatores como fumo, diabetes não
controlada, hormônios e alguns medicamentos podem desencadear esse acúmulo de
placa bacteriana e, por consequência, a gengivite. “Dentes tortos também
representam uma condição ideal para problemas de gengiva porque criam mais
espaços para formação da placa. Falta de vitamina C, dieta com níveis elevados
de açúcar e carboidratos, além da baixa ingestão de água, quando somados ao
cuidado oral inadequado são outros fatores prejudiciais”, ensina.

Sangramento na gengiva é um dos
sintomas

Dentre os sinais da
gengivite está o sangramento da gengiva ao escovar os dentes ou passar o fio
dental. Inchaço e vermelhidão na gengiva também são sintomas da gengivite e
antecedem o sangramento. “Em casos mais avançados, a gengiva pode sangrar
espontaneamente e até liberar um mau cheiro durante o uso do fio dental”,
explica.

Problemas mais sérios

Quando não tratada, a
gengivite a longo prazo pode evoluir para a periodontite, tipo de inflamação
mais grave responsável por danificar a gengiva e a estrutura óssea dos dentes,
deixando-os moles até caírem. A evolução dessas infecções também está
relacionada a doenças cardiovasculares.

Tratamento é doloroso e demorado?

Ainda durante os
sintomas iniciais, como sangramento leve, a retomada de todas as etapas da
higiene oral, composta por escovação, fio dental e enxaguante bucal, já é o
suficiente para combater a infecção. “No entanto, se a gengivite estiver mais
avançada, é necessária avaliação do dentista para que ele realize a limpeza,
removendo a placa bacteriana, e até receite a administração de
anti-inflamatórios e analgésicos. A limpeza em si não é um procedimento
doloroso e é realizada no consultório sem necessidade de anestesia”, pontua.

Prevenção

A dentista informa que
como a gengivite é o acúmulo de placa entre os dentes, somente a escovação não
é suficiente para evitar a doença. A limpeza interdental seguida da escovação é
essencial para prevenir inflamações gengivais e demais problemas bucais. “Outro
fator que contribui para a saúde bucal é fazer o autoexame com frequência,
observando toda a cavidade oral, e procurar orientação de um profissional ao
menor sinal de incômodos e alterações na boca”, finaliza.


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