Conheça cinco maneiras de estimular a produção dos “hormônios da felicidade”

  • Robson Leite
  • Publicado em 3 de junho de 2024 às 20:00
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Geriatra ensina o caminho das pedras para melhorar o humor, a disposição e levar a vida como se deve — com um sorriso no rosto

A promessa de uma vida mais longeva tem levado pessoas a investir cada vez mais no próprio bem-estar.

À frente dessa desejada condição, estão a dopamina, a serotonina, a ocitocina e a endorfina, hormônios que, segundo artigo publicado pela especialista Stephanie Watson e revisado pelo médico Howard E. LeWine, no portal Harvard Health Publishing, não podem ser repostos por via medicamentosa.

A boa notícia é que existem maneiras de estimular os chamados “hormônios da felicidade”. Titulada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), a geriatra Alessandra Ferrarese ensina o caminho das pedras para melhorar o humor, a disposição e levar a vida como se deve — com alegria, graça e um constante sorriso no rosto.

01- Atividade física

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o bom funcionamento do corpo, de 150 a 300 minutos semanais de atividade física com intensidade moderada, é a mesma indicada para ativar os hormônios do bem-estar.

“Esse tempo deve ser dividido entre exercícios físicos resistidos, caso da musculação, treino aeróbico e atividades que estimulem o equilíbrio. Tudo isso funciona ainda na manutenção e no ganho de massa e força musculares, que vamos perdendo com o envelhecimento”, explica Alessandra.

O ideal, aqui, é distribuir esses exercícios ao longo da semana. Mas não há problema em manter uma frequência de duas, três vezes semanais.

O importante é manter a constância, que às vezes é o mais difícil. Por isso que a dica é procurar alguma atividade física que traga prazer.

02 – Exposição solar

O sol é um grande aliado no aumento dos hormônios da felicidade, principalmente da serotonina. Fundamental ainda na produção de vitamina D, responsável por regular o metabolismo ósseo, a recomendação para alcançar os níveis desejados de ambos é passar de 15 a 30 minutos diários em contato com os raios solares.

“Esse tempo é suficiente para a maioria das pessoas, mas varia de acordo com as características de cada um, como etnia e outras particularidades”, explica a médica.

Aqui, no entanto, o tempo não é cumulativo. Ou seja: três horas e meia na praia em um sábado escaldante não compensam a falta de banhos de sol diários.

03 – Meditação

Esse é outro dos grandes segredos guardados da longevidade.

“Todas as práticas de relaxamento, pode ser mindfulness ou outros tipos de meditação, elevam os níveis de serotonina, ocitocina e endorfina, principalmente”, crava a especialista.

O tempo diário necessário para garantir esses benefícios varia. Mas Alessandra garante que, uma vez incorporada ao dia a dia, a prática naturalmente assume uma constância que assegura a sua eficácia.

04 – Metas e propósito

Propósitos de vida, objetivos e metas a serem alcançadas podem ajudar a liberação desses hormônios e trazer bem-estar.

E não precisa ser nada grandioso.

Concluir uma atividade profissional, buscar o neto na escola, aprender uma receita para fazer um almoço especial no fim de semana já cumprem a função de produzir a sensação para lá de positiva de realizar algo.

Nas metas de médio prazo, inclui-se programar uma viagem, fazer um curso, aprender uma coisa nova, ou, quem sabe?, caminhar com mais destreza até o casamento do neto, marcado para o fim do ano.

Há ainda os objetivos pensados para melhorar a qualidade de vida, como fazer 30 minutos de atividade física ou deixar de fumar, ou os relacionados a mudanças na rotina.

Para um idoso que está começando a pensar em um processo de aposentadoria e precisa elaborar como será a vida a partir daquele momento, por exemplo, realizar pequenos feitos de organização podem ajudar nessa sensação de contentamento.

05 – Convívio social

Segundo o portal do jornal O Globo, passar tempo com os amigos, a família, estabelecer contato físico, conviver com outras pessoas, tudo isso aumenta o nível de hormônios no organismo.

“No fim, está tudo interligado. Se pensarmos em uma atividade física ao ar livre, vamos juntar o exercício ao convívio social, à exposição solar e à realização de metas”, conclui Alessandra.


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