Conheça as diferenças nas palpitações e descubra quando deve se preocupar

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de janeiro de 2020 às 13:16
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:15
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As palpitações devem ser observadas e conversadas com o médico. Nem todas são graves, mas é preciso tratar

O ritmo cardíaco nem sempre é regular. De fato, quase todos nós já sentimos, uma vez ou outra, palpitações — irregularidades detectáveis no ritmo cardíaco, na sua maioria episódios de batimentos irregulares. 

No entanto, alguns destes episódios podem ser avisos de problemas cardíacos e requerem atenção médica imediata. O médico pode ajudá-lo a perceber a diferença. 

As palpitações 

Um coração saudável bate 60 a 90 vezes por minuto em repouso, 100 vezes mais ou menos em situação de dor, estresse, cólera ou esforço físico. 

Um impulso elétrico produzido no nódulo sino-auricular, situado na aurícula direita, desencadeia cada batimento. 

Se algo corre mal no sistema de formação e condução dos estímulos elétricos, responsável pela contração cardíaca regular, surgem as palpitações, na literatura médica designadas por arritmias. 

As arritmias mais comuns são os batimentos cardíacos a mais. A taquicardia, ou frequência cardíaca aumentada, é quase sempre benigna.

Mas nem todas as irregularidades são inofensivas.A fibrilação auricular, que ocorre nas aurículas do coração, pode dar origem a frequências da ordem das 200 contrações por minuto, provocando tonturas, desmaios e mesmo um enfarte. 

É mais comum em pessoas com mais de 60 anos e está muitas vezes associada à hipertensão arterial, à insuficiência cardíaca ou ao hipertiroidismo. 

Esta situação pode ser tratada com medicação que reduza a frequência cardíaca. Se o coração bate muito lentamente (bradicardia), pode, em certas circunstâncias, ser necessário um marca-passo. 

Tratamento das arritmias cardíacas 

Mudanças simples no estilo de vida podem minimizar palpitações. As arritmias cardíacas podem ser desencadeadas pelo álcool, tabaco, estresse, excessos alimentares e mesmo pelo exercício

Medicamentos como os utilizados nos resfriados, comprimidos de dieta de venda liberada e hipotensores causam por vezes palpitações. 

Alterar a medicação ou regular as dosagens pode reduzir ou eliminar o problema. 

Alimentos como queijos curados e moles, vinho tinto, iogurte, carnes e peixes defumados e preparados podem estimular as palpitações mesmo durante o sono.

A cafeína pode desencadeá-la nas horas de vigília. 

Nas arritmias cardíacas graves pode ser implantado no doente um aparelho para reduzir batimentos muito rápidos ou acelerar batimentos lentos demais. 

A taquicardia supraventricular, com origem nas aurículas, pode ser tratada com medicamentos ou introduzindo um fio elétrico através de um cateter até ao coração para cauterizar a parte “excitável” do tecido. 

Sintomas 

Será só uma palpitação? Ou é melhor chamar um médico? 

A maior parte das pessoas com palpitações não tem necessidade de tratamento médico. No entanto, deve consultar o médico nas seguintes situações. Se: 

1. As palpitações durarem vários segundos, minutos ou horas, em vez de ser apenas um batimento ou alguns batimentos ocasionalmente. 

2. Sentir tonturas durante as palpitações ou tiver um desmaio.

3. Sua história clínica inclui hipertensão arterial ou qualquer tipo de doença cardíaca.


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