Concurso de café em Minas Gerais reúne 40 produtores do Estado

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 6 de dezembro de 2020 às 17:04
  • Modificado em 11 de janeiro de 2021 às 10:39
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Por causa da pandemia, o anúncio dos vencedores será feito em solenidade virtual, nos próximos dias

Todos os finalistas receberam nota acima de 84 pontos (de um total de 100), seguindo a metodologia da Associação de Cafés Especiais (SCA)

A escolha dos melhores cafés especiais do estado em 2020 foi realizada nesta quinta-feira (3/12), em Belo Horizonte. 

Um júri formado por provadores especializados definiu os campeões do 17º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, promovido pela Emater-MG, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Por causa da pandemia, o anúncio dos vencedores será feito em solenidade virtual, nos próximos dias. 

A última fase da competição, com a avaliação dos 40 cafés finalistas, foi realizada no supermercado Verdemar, que é um dos patrocinadores da competição, ao lado do Sistema Sicoob.Neste ano, foram 1.792 amostras inscritas das quatro regiões produtoras de café do estado: Sul de Minas, Matas de Minas, Cerrado e Chapada de Minas. 

A maior parte dos participantes é formada por agricultores familiares. 

Todos os finalistas receberam nota acima de 84 pontos (de um total de 100), seguindo a metodologia da Associação de Cafés Especiais (SCA), que avalia aspectos como aroma, sabor, acidez, corpo, uniformidade, ausência de defeitos, doçura e outros.

“O objetivo do concurso é reconhecer e divulgar o importante trabalho dos cafeicultores na produção de cafés especiais. Ele também tem um caráter educativo, para a melhoria continuada da qualidade, por meio da integração dos nossos técnicos com os agricultores. O concurso ainda promove a aproximação do cafeicultor com o consumidor de cafés especiais, que é cada vez mais exigente”, afirma o presidente da Emater-MG, Gustavo Laterza.

O objetivo do concurso é reconhecer e divulgar o importante trabalho dos cafeicultores na produção de cafés especiais

O concurso

A competição é dividida em duas categorias. 

Na categoria Café Natural, o café é levado para secar logo após ser colhido. 

Já na categoria Cereja Descascado, Despolpado ou Desmucilado, após a lavagem, há uma separação dos frutos verdes e secos dos frutos maduros.

Depois, eles passam por um descascador e seguem para a secagem. No caso dos cafés despolpados e desmucilados, há ainda uma fase em que o produto passa por um tanque de fermentação.

O concurso teve três etapas. 

Na última, foram escolhidos os três primeiros colocados de cada região produtora, em cada uma das categorias.

O café com a maior nota geral será declarado o grande campeão estadual. 

Além disso, será concedido o certificado “Mulher Empreendedora” para a cafeicultora que obtiver a maior nota da competição. 

“O concurso deste ano nos surpreendeu pelo grande número de inscritos, mesmo num período de pandemia, e também pela alta qualidade das amostras, com notas altíssimas. Isso é reflexo da credibilidade que a Emater conseguiu junto aos produtores ao longo das 17 edições do concurso”, afirma o coordenador de Cafeicultura da Emater-MG, Bernardino Cangussu.

Os cafés com a melhor pontuação no concurso serão adquiridos pelo Verdemar. 

Há dois anos, a rede de supermercados lança uma linha especial com os cafés que obtêm as maiores notas na competição. 

Em 2019, o campeão estadual foi o cafeicultor Paulo Gomes, do município de Espera Feliz, região das Matas de Minas. 

Além dele, outros 14 produtores participantes do concurso tiveram seus cafés comercializados pelo supermercado. 

“Nós mineiros temos que aprender a beber café de qualidade.  É o terceiro ano que temos esta parceria com a Emater para valorizar a cafeicultura mineira. Neste ano a safra é maravilhosa, os melhores cafés de Minas Gerais estão aqui, no concurso. No ano passado, foi uma emoção ver que um pequeno produtor ganhou como o melhor café do estado.  A gente viu o amor que estes produtores têm pelo cultivo do café”, disse o diretor comercial da rede Verdemar, Alexandre Poni. 

O provador Jorge José Menezes de Assis participa dos julgamentos desde a primeira edição do concurso. Ele conta que a evolução da qualidade foi muito grande. “A cada ano que passa, os produtores estão se aperfeiçoando, melhorando. Mesmo quando o clima não ajuda, eles são muito cuidadosos, principalmente na colheita e pós-colheita. Isso é fundamental para a melhoria da qualidade”. 

A promoção do 17º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais também conta com a parceria com da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas e a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe).


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