Compensação de horas reduz impacto econômico de feriados em 2020

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de janeiro de 2020 às 23:24
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:15
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Dias sem expediente afetam produtividade: varejo nacional deve perder R$ 11,8 bilhões por causa dessas pausas

O início do ano, no meio empresarial, costuma ser um período de planejamento, avaliações de despesas e elaboração de metas para os próximos doze meses. 

O que poucos sabem é que, dentro desse cronograma a ser estabelecido, é fundamental que as companhias também se preparem para receber os feriados prolongados e os que costumam ter a possibilidade de emendas. 

Isso porque os dias sem expediente refletem diretamente na produtividade e nas finanças dos estabelecimentos.

Em 2020, colocar o plano de compensação no papel será ainda mais necessário, já que serão nove feriados nacionais, dos quais cinco poderão gerar pontes, além de ainda haver as datas de descanso estaduais e municipais.

Segundo estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o varejo nacional deve perder R$ 11,8 bilhões neste ano por causa dessas pausas. 

O montante é 53% maior do que os R$ 7,6 bilhões estimados em 2019. “Por custar muito dinheiro ao empregador, a melhor solução é planejar um acordo de compensação dessas horas”, explica Dimas Fausto, presidente da Dimastec, empresa especializada em gestão de ponto e acesso.

Para que essa compensação seja feita de maneira que não desgaste as equipes, o especialista explica que o ideal é acrescentar minutos de trabalho à jornada diária por um período determinado, conforme for viável para ambas as partes. 

Ele também fala que, com as mudanças da reforma trabalhista, é possível estabelecer um acordo individual quando houver necessidade. “Mas é preciso um controle rigoroso para que isso não se perca com o tempo e as tarefas do dia, caso contrário, acabará gerando problemas de carga horária excessiva”.

Com o acordo, os minutos diários a mais não serão contabilizados como horas extras e sim como um crédito de compensação. Dessa forma, é possível chegar a uma situação que agrade o empregador, por reduzir as perdas econômicas, e o colaborador, que terá a possibilidade de estender o descanso do feriado sem gerar um saldo negativo no banco de horas.

Mas, alerta Dimas, para que o controle seja feito de maneira assertiva, a tecnologia é fundamental. “É impossível obter precisão ao gerenciar essas horas manualmente. Por isso, desenvolvemos o software HS Saturno, uma tecnologia preparada para contabilizar cada segundo da jornada e para atender todas as convenções coletivas, de sindicatos e de CLT, conforme a nova regra trabalhista”, explica.

Outro benefício de utilizar essa tecnologia no controle de ponto das empresas é a possibilidade de avaliar e dimensionar o tamanho da equipe e sua produtividade. “Por meio do sistema, conseguimos gerir o custo de homem-hora, e isso permite ver se as equipes estão sobrecarregadas, se estão fazendo muita hora extra e se é viável contratar novos colaboradores para redução de gastos”, explica o presidente da Dimastec.

Em Ribeirão Preto e região, cerca de 400 estabelecimentos administram as jornadas de trabalho com o auxílio do HS Saturno, uma inteligência que pode ser adaptada para empresas com 10 ou 10 mil funcionários. 

A tecnologia também está presente em 190 empreendimentos das cidades de Araraquara, Franca e São Paulo. 

Além de facilitar a rotina do setor de recursos humanos, o software também proporciona um respaldo jurídico para companhias diante do cumprimento das cargas horárias e dos descansos garantidos por lei.


+ Trabalho