Como a chegada de temperaturas mais baixas requer atenção com a saúde da criançada

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 10 de agosto de 2024 às 18:00
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Em períodos de baixas temperaturas, há maior proliferação de vírus, fungos e bactérias causadoras de alergias e doenças respiratórias

Quando os termômetros marcam temperaturas mais baixas, há o aumento de problemas de saúde entre as crianças.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde correlacionam o frio com a maior incidência de episódios de coriza, ressecamento da pele, tosse e congestão nasal. Nas crianças, os sintomas podem ser mais frequentes e intensos.

Até os três anos, a imunidade está mais frágil porque o organismo está em fase de desenvolvimento, como explica a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

O sistema imunológico continua se aperfeiçoando até o quinto ano de vida. Por isso, quanto mais nova a criança, mais suscetível ela fica aos processos infecciosos em períodos de queda da temperatura.

Mecanismos de controle

Segundo informações da Universidade Estadual de São Paulo (USP), o organismo infantil ainda não apresenta mecanismos de controle de temperatura adequados e, por isso, tem mais chances de desenvolver doenças respiratórias e cardiovasculares.

Já o estudo liderado pelo Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal) revelou que a exposição precoce às temperaturas muito baixas ou muito altas pode ter efeitos duradouros na microestrutura da matéria branca do cérebro.

Dicas para ajudar na saúde da crianças 

Para evitar problemas de saúde nas crianças, órgãos de saúde e pediatria dão dicas que podem auxiliar pais, mães e responsáveis.

Controlar a temperatura, adotar o uso de hidratante facial para bebês, estar atento à umidade no ambiente, cuidar da alimentação e manter as vacinas em dia podem ajudar a minimizar problemas nos períodos mais frios.

Analise as condições do ambiente 

Segundo a SBP, a umidade e a temperatura do ambiente devem receber uma atenção especial dos pais e responsáveis. O órgão afirma que a melhor umidade é entre 60% e 70%, já a temperatura ideal varia entre 22ºC e 24ºC.

O alergologista pediátrico Alexandre Okamori alerta sobre a ventilação. Em entrevista à imprensa, ele explica que, no inverno, as pessoas tendem a optar por ambientes pouco ventilados, facilitando a transmissão de vírus e bactérias.

Para as crianças, isso é um problema, visto que estão com o sistema imunológico em desenvolvimento e mais vulneráveis às doenças respiratórias.

Observar as condições do ambiente é necessário, pois em épocas de baixa temperatura o ar é mais seco. Para evitar problemas de saúde nas crianças, é importante que o ar chegue umedecido até os pulmões.

Atenção à alimentação e à hidratação

Ainda conforme a SBP, o melhor medicamento para o aumento da imunidade da criança é uma alimentação rica em nutrientes. Ter horários definidos para as refeições e incentivar o consumo de alimentos variados estão entre as principais orientações.

As fórmulas infantis, como Nanlac Supreme, podem ser uma alternativa para aumentar a ingestão de proteínas, vitaminas e minerais recomendados para essa faixa etária.  A recusa alimentar é o primeiro sinal de uma possível infecção e merece a atenção de pais e responsáveis, como destaca a SBP.

Outra dica é garantir que os pequenos bebem água regularmente para que haja a limpeza da garganta. Utilizar soro fisiológico para limpeza nasal e umidificar os olhos com colírios lubrificantes também são cuidados indicados para a saúde das crianças no inverno.

Pele das crianças deve ser hidratada

A pele dos bebês e das crianças é mais sensível e, durante o inverno, necessita de uma atenção especial com substâncias que mantenham a hidratação e não causem irritação, como esclarece a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

A recomendação é aplicar creme hidratante suave, sem perfumes ou substâncias irritantes diariamente, após o banho. O cuidado ajudará a manter a pele hidratada, nutrida e protegida.

Durante o inverno, é comum que os bebês fiquem mais tempo vestidos, aumentando as chances de assaduras devido à fricção entre a pele e a fralda. Para evitar esses episódios, a SBD orienta que pais e responsáveis façam as trocas com frequência, aplicando uma camada de creme protetor.

Não abra mão das vacinas

Em períodos de baixas temperaturas, há uma maior proliferação de vírus, fungos e bactérias causadoras de alergias e doenças respiratórias.

A OMS e a SBP recomendam que os pais estejam sempre atentos ao calendário vacinal das crianças para fortalecer a imunidade.

As vacinas recomendadas para os pequenos são disponibilizadas gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).


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