Comer chocolate amargo pode ajudar na mobilidade de idosos – saiba mais

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de fevereiro de 2020 às 15:37
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:24
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Um estudo sugere que comer chocolate amargo pode melhorar distúrbios circulatórios relacionados à mobilidade

Já comeu sua porção de chocolate do dia? Se ainda não, aqui vai um motivo para você aproveitar este doce diariamente. 

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Noroeste, em Chicago, nos Estados Unidos, aponta que beber chocolate quente ajuda pessoas maiores de 60 anos a espantar as chances de desenvolver debilidades motoras. 

Isso acontece porque o cacau promove a melhoria da circulação do sangue nas pernas. 

No estudo, aqueles que bebiam uma xícara de chocolate quente três vezes por dia, durante seis meses, melhoravam suas habilidades motoras relacionadas à caminhada. 

O composto responsável por isso é a epicatequina, um flavonoide também encontrado no chocolate amargo.

Antioxidante, ele pode ajudar no sistema circulatório e, segundo o estudo, pode melhorar a circulação das pernas em idosos.

A investigação foi realizada apenas com 44 indivíduos maiores de 60 anos que sofriam da doença arterial periférica, que faz com que as artérias se tornem mais finas. 

Os sintomas são dores, sensação de aperto e caimbras nos músculos das pernas, o que limita a capacidade de caminhar distâncias maiores.

Divididos entre dois grupos, metade dos participantes tomava um placebo três vezes ao dia, enquanto a outra metade consumia uma xícara de chocolate quente com a mesma frequência.

É importante destacar que a bebida não era adoçada e continha 15 gramas de cacau por dose, o que equivalia a 75 miligramas de epicatequina. 

Antes, após e durante os seis meses de acompanhamento, os participantes tinham o seu desempenho avaliado por meio de caminhadas, as quais eram feitas duas vezes ao dia.  Além disso, o fluxo sanguíneo nas pernas também era medido.

Os resultados apontam que aqueles que consumiam o cacau conseguiam caminhar cerca de 43 metros a mais do que aqueles que não haviam ingerido o ingrediente. 

Já os pacientes que haviam tomado o placebo, tiveram a performance a longo prazo piorada, caminhando 24,2 metros a menos, comparando com o começo e o final das avaliações.

Até então, não há muitos tratamentos para o distúrbio, sendo que a prática de exercícios é o mais comum. Porém, o estudo sugere que o consumo de alimentos ricos de cacau pode ser uma nova forma de terapia no futuro.

A descoberta foi publicada no periódico acadêmico do American Heart Association, o jornal Circulation Research

O novo desafio para os cientistas é aumentar o número de amostragem da pesquisa e investigar outras questões que possam dar mais embasamento à descoberta. 

Fonte: Revista Casa e Jardim


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