Comer alho em jejum ajuda a emagrecer? Especialista explica os benefícios e riscos

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 13 de maio de 2024 às 12:30
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O novo método, compartilhado por famosas como Carol Peixinho, se tornou um aliado para quem buscar perder peso de forma rápida

Novo método para emagrecer vem sendo compartilhado por famosas – foto Freepik

 

Depois da dieta do limão, paleolítico e jejum intermitente, vem aí o alho amassado. O novo método, compartilhado por famosas como Carol Peixinho, se tornou um aliado para quem buscar perder peso de forma rápida.

Mas será que isso funciona mesmo ou é mais um mito da internet?

A resposta é: sim, consumir o alimento em jejum, de fato, traz este benefício, mas ele não faz milagres sozinho.

A nutricionista e personal trainer Aline Becker explica que ele deve ser considerado um “a mais”:

“Você precisa incluir na rotina os exercícios físicos, de preferência contra resistência – como musculação ou funcional –, para aumentar sua massa muscular corporal, acelerando seu metabolismo e garantindo benefícios a saúde, junto com uma dieta anti-inflamatória e hipocalórica para acontecer a queima de gordura.”

Explicando as dietas

A anti-inflamatória, na verdade, é uma estratégia alimentar que inclui alimentos considerando variedade de cores, nutrientes e minerais para que esta oferta nutricional melhore o funcionamento do corpo, de modo geral, na produção de hormônios, no funcionamento do intestino, na melhora da imunidade e nas respostas da dieta.

A hipocalórica consiste em uma restrição calórica, ou seja, consumir menos calorias do que você gasta por dia: “Essa é a matemática que a gente tem que pensar na hora do emagrecimento. Ele não é o único fator para o emagrecimento, mas é um fator determinante”.

Como funciona a dieta?

Segundo a nutricionista, há estudos que comprovam que alho consumido em jejum pode ajudar a reduzir a glicemia, ou seja, o nível de glicose no sangue, “fazendo com que o indivíduo sinta menos fome e vontade de doce ao longo do dia e, consequentemente, ingerindo menos calorias e toxidade ao organismo”.

Para aproveitar suas vantagens, o alimento deve ser consumido em jejum e cru: até mesmo aquecê-lo no micro-ondas pode fazer com ele perca alguns componentes importantes, como a alicina.

“Ele é o principal ativo responsável pelas propriedades medicinais do alho, que potencializa seus efeitos antioxidantes no organismo e garante os resultados”.

Outra dica é amassar o alho e esperar 10 minutos para que este ativo seja liberado e, assim, garantir as vantagens.

Outros benefícios

Associado a um estilo de vida saudável, a especialista afirma que o alho também atua na melhora da saúde cardiovascular e redução da pressão arterial.

Além disso, ele possui efeito antioxidante, o que ajuda a melhorar a saúde da microbiota intestinal e, portanto, potencializa a queima de gordura. E ele tem mais vantagens, como:

– Melhora do perfil lipídico (exame que analisa os níveis de colesterol e triglicerídeos)
– Níveis de glicemia de jejum
– Qualidade da saúde intestinal
– Reduz o colesterol LDL (o chamado “colesterol ruim”) e total
– Previne doenças como câncer, Alzheimer e Parkinson
– Minimiza o risco de AVC, trombose e doenças neurodegenerativas!
– Melhora a imunidade, diminuindo riscos de gripes e resfriados

Riscos e cuidados

Mas, como qualquer método de emagrecimento, este também apresenta riscos, não pode ser consumido por qualquer pessoa e nem em quantidade ilimitada.

Aqui, Aline Becker lista alguns mitos e verdades sobre o consumo do alho amassado em jejum:

Consumir alho amassado e cru em jejum garante maiores resultados? Verdade! Como dito anteriormente, quando aquecido, o alimento perde alguns nutrientes.

Alho ajuda a reduzir os efeitos da TPM? Verdade! Isso acontece porque ele tem efeito anti-inflamatório e melhora a microbiota intestinal.

“Deixando-a saudável, a pessoa tem melhor produção de serotonina (neurotransmissor da alegria) e, consequentemente, uma melhora no humor durante esse período”.

O alho deve ser consumido em quantidade limitada? Verdade! A nutricionista explica que, em excesso, o alimento “pode irritar a mucosa, causando desconforto e irritação gástrica”.

A recomendação é incluir 3 dentes de alho por dia na rotina, sendo 6 o limite diário.

Qualquer um pode entrar nesta dieta? Mito! A expert destaca que pessoas com refluxo gastresofágico e gastrite não toleram o alho em grandes quantidades, pois as substâncias podem ter efeito irritativo na mucosa.

“Pessoas com intolerância ao FODMAP também devem evitar, pois pode ocasionar distensão abdominal, constipação ou até diarreia, levando a uma inflamação”.

FODMAP é uma sigla em inglês para oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis.

O termo se refere aos carboidratos que fermentam as bactérias do intestino e que tendem a causar mais desconforto abdominal, além de ter uma “probabilidade maior de distensão abdominal, excesso de gases, constipação intestinal ou até mesmo de diarreia – justamente por causa dessa rápida fermentação que acontece nas bactérias do intestino”, explica Aline.

*Informações G1 Receitas


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