Com aumento do preço da gasolina, cresce a procura por CNH de motos, diz Detran-SP

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 16 de abril de 2022 às 18:00
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Números foram os maiores já registrados desde janeiro de 2020, período brevemente anterior ao início da pandemia da Covid-19 no Brasil

Número das primeiras habilitações nesta categoria em março teve crescimento de 64,7% no Estado, se comparado a fevereiro

O encarecimento no preço da gasolina resultou na alta procura por CNH de motos. As motocicletas já são as favoritas dos condutores que desejam driblar a correria do trânsito e percorrer o caminho com agilidade.

Esta não é uma simples observação por leigos. A alta na busca pela Carteira Nacional de Habilitação (CNH) tipo A, para motos, foi constatada pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP). A alta na CNH de motos foi de 65%.

Conforme notícia do portal fdr.com.br, o número das primeiras habilitações emitidas nesta categoria somente no mês de março apresentou um crescimento de 64,7% no Estado de São Paulo, se comparado ao mês de fevereiro. Ao todo, foram 2.002 carteiras de motorista para motos em março contra 1.214 em fevereiro.

Os números mencionados foram os maiores já registrados desde janeiro de 2020, período brevemente anterior ao início da pandemia da Covid-19 no Brasil. O crescimento analisado coincide com o encarecimento no preço da gasolina, que teve um aumento e 6,9% após o último reajuste que elevou o preço médio para R$ 7,00.

Situação econômica

Os números foram apurados através do Índice de Preços Ticket Log. Enquanto isso, o diretor-presidente do Detran-SP, Neto Mascellani, destacou que a alta demanda pela CNH de motos é um reflexo da crítica situação econômica enfrentada pelo país.

Mascellani alertou sobre a importância de todos os cidadãos passarem pelo processo de habilitação de modo adequado e em autoescolas credenciadas pelo Detran.

Em contrapartida, o presidente da Sindautoescola-SP, acredita que os dados obtidos pelo levantamento refletem não apenas a alta dos preços nos combustíveis, como também os impactos da pandemia.

“Em março, o principal fator pelo aumento foi a alta dos combustíveis […] Mas, durante a pandemia, a procura deu sinais de evolução, pois muitas pessoas que perderam ou tiveram o salário reduzido”, afirmou José Guedes Pereira.


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