​Com a volta às aulas na pandemia, Apeoesp vai debater greve da categoria

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 25 de junho de 2020 às 11:37
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:53
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Dória anuncia volta às aulas, mas Sindicato dos Professores diz que vai discutir deflagração de uma greve

O diretor de patrimônio da Apeoesp, Luiz Gonzaga José, anunciou que a entidade deverá debater greve da categoria por conta do retorno das aulas, conforme anunciado pelo governo do Estado.

Gonzaga explicou que todos os diretores da regional de Franca da Apeoesp estão fazendo trabalho home office. 

Ele disse que, para os educadores, a política de combate à pandemia de coronavírus de Doria não inspira nenhuma confiança para a retomada das atividades escolares.

“São urgentes a mobilização e a manifestação para impedir o retorno às aulas presenciais nas escolas públicas e privadas de São Paulo. Funda-se nossa posição na convicção de que a conduta do governo do estado e da esmagadora maioria das prefeituras municipais, neste momento, não inspira nenhuma confiança”, diz ele. 

“Não há qualquer expectativa que eventuais medidas dirigidas a promover a volta às aulas estejam amparadas por orientações emanadas das autoridades sanitárias e validadas em conhecimento científico”, diz um grupo de lideranças sindicais, encabeçadas pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp)

Contra a volta às aulas

Esse é o terceiro anúncio de uma proposta de volta às aulas feito por Doria. Inicialmente, o governador indicou a retomadas das atividades, com poucos alunos e revezamento, para setembro.

Ainda assim, os educadores apontam uma série de dificuldades para a retomada das atividades escolares. 

Situações cotidianas, como transporte escolar, merenda escolar, atividades físicas, higienização dos espaços, cuidados com as crianças pequenas, entre outros, vão exigir protocolos rígidos e de difícil implementação.

Gonzaga ponderou que para que o retorno seja seguro é preciso achatar a curva, aguardar a diminuição diária do número de adoecidos e de óbitos, melhorar as condições de atendimento na saúde, estabelecer um protocolo seguro e adotar as medidas necessárias para evitar o contágio.


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