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A maioria dessas famílias que espera liberação, está nas regiões mais pobres, no Norte e no Nordeste
O governo tirou R$ 83,9 milhões do Bolsa Família e remanejou a verba para a área de publicidade federal.
A justificativa dada na noite desta quinta-feira, 04, é que nenhum beneficiário do Bolsa Família foi prejudicado porque o pagamento a esse grupo está sendo feito com verba do auxílio emergencial, que vem de outra dotação no Orçamento.
Entretanto, o país tem 433 mil famílias aptas a receber o benefício do Bolsa Família, mas que ainda aguardam a liberação, segundo informações da Folha de S.Paulo obtidas a partir da Lei de Acesso à Informação.
A maioria dessas famílias está nas regiões mais pobres, no Norte e no Nordeste.
O Ministério da Economia afirma que o remanejamento do Bolsa Família foi aprovado pela Junta de Execução Orçamentária para recompor o orçamento da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), cuja verba tinha sido diminuída pelo Congresso Nacional durante a tramitação do Orçamento Geral da União de 2020.
Antes de remanejar R$ 83,9 milhões, o Ministério da Economia já havia retirado R$ 11,4 milhões do Bolsa Família para ampliar as dotações do Sistema Nacional para Identificação e Seleção de Público-Alvo para os Programas Sociais do Governo Federal – Cadastro Único.
A pasta informou que fará remanejamentos semelhantes nos próximos meses para despesas prioritárias.
O processo seguirá as projeções do Ministério da Cidadania para não prejudicar nenhum beneficiário do Bolsa Família.
O governo não comentou sobre a inclusão de novos beneficiários ao programa.
*6Minutos
(Com Agência Brasil)