Não se compare aos outros
Admire as suas qualidades
Invista na sua saúde emocional e física

Foque no autoconhecimento

Seja mais realista em relação às suas expectativas
Aceite a sua dualidade. A sua luz e a sua sombra.
Pratique a resiliência sempre
Procure ter mais momentos dedicados a demonstrar seu amor próprio.

Depois disto, o exterior simplesmente passou a refletir o que tinha dentro.

Sabe aquela coisa, parece até estranha, quando você se olha e vê que está tudo tão agradável que te faz amar o que vê nos espelho?

Talvez a imagem já não reflita a jovialidade de que um dia ou a freguesa dos meus 16 anos, quando “fui miss”. O manequim já não era 38 e os cabelos já não mais com cachos delicados e sedosos.

Mas que hoje reflete a imagem de uma filha adotiva que se tornou mãe, amiga e avó, e que também aprendeu e ensinou nesta vida. Assim como ainda está em busca da sua melhor versão, a cada dia descobrindo valores e propósitos inabaláveis.

Hoje vejo no espelho minha “Missão de Vida” retratada nas marquinhas do tempo, e a certeza de que com esta imagem de Deus eu sou perfeita para “levar Luz” por onde for.

Houve um tempo em que eu me olhava no espelho e nada estava bom. Para mim tudo estava fora do lugar, tudo feio, caído. Passei anos em peregrinação por médicos e esteticistas buscando estar no padrão que eu julgava ideal, para agradar e me apresentar para os outros, pois, a opinião alheia comandava minha vida, ou melhor meu ser.

Passei por várias cirurgias estéticas e por vários procedimentos. Cirurgias estas exageradas e desnecessárias.

Adotei vários estilos e marcas, acompanhei a moda e as referências hollywoodianas, exibi todos os estilos e personagens das novelas, acreditando que se estivesse remediado por fora, estaria mais feliz por dentro, mas, na verdade, eu buscava a aceitação ou melhor, a autoaceitação.

Um dia a vida me levou ao extremo, e fiquei sem portas para bater. Buscando aprovação, uma voz me disse: “a resposta vem de dentro”! E foi ai que me aceitei e me respeitei. Me amei assim como sou. Agora os cuidados tem outro sabor, outro formato. Vem em doses de carinho, autoamor, autocompaixão e descontração.

Incrivelmente, agora as roupas já não me usam, sou eu que uso elas, hoje sou eu que dou vida às marcas, e realço as cores. Os modelos já não são os da moda, mas, sim, da moda que eu faço, que eu me encaixo, que eu sinto vontade de usar.

A roupa certa é aquela que eu olho no espelho e me encontro atrás do tecido, que eu me sinto a vontade, que está combinando com a minha alma.

A roupa certa é aquela que me deixa à vontade para vivenciar momentos. Que me deixam livre para ser simplesmente “Eu”, em qualquer lugar a qualquer hora.

Busquei luz em lugares sombrios e errados e travestia a falta com excessos, compras, coleções. E olha que foram muitas barbies, relógios, joias, miniaturas em bronze, cristais, canetas, livros, muranos, leques, chapéus, dentre outros.

Encontrei estas respostas e satisfações dentro do meu “Eu” e hoje me sinto feliz.

Me aceito, me permito, me entendo e aprendi que não preciso agradar a todos,. Hoje me permito dizer o que sinto, o que eu quero, com quem quero e quando quero estar. Deixei de dizer o famoso “amém” para falas e situações que não me agradavam.

Deixei de ser a boa amiga que tudo ouve e tudo entende para ser a amiga que também tem voz e opinião, com a alma limpa para ser o que sou, na minha verdade e do meu jeito.

Deixei de me esconder atrás das fotos e de procurar a roupa em um número menor. Desse modo, fechei algumas portas e outras foi necessário girar a chave duas vezes e jogá-la fora.

Àquelas interiores escancarei dando passagem para a melhor fase da minha vida. Descobri que o meu jeito é o jeito certo para a minha vida e como eu sempre digo: “tá tudo bem”.