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Saudações paciente e quase enriquecido leitor, não fosse a contrariedade dos números da mega da virada, desdizendo qualquer esperança.
Se não foi desta feita que você entrou para o hall dos milionários, acredito que tivera um fim de ano repleto emoções que riqueza alguma será capaz de comprar.
Nasce um novo ano, por entre estes dias férteis, porém, improváveis. Um novo divã se propõem, onde prosseguiremos nesta caçada obstinada de nós mesmos. Uma nova batalha nos aguarda.
“Alea jacta est”. Dissera Júlio Cesar, quando estava por atravessar o Rubicão. “A sorte esta lançada.”
Também cruzamos nosso Rubicão na fatídica noite de 31 de dezembro. Enquanto o espetáculo pirotécnico se dava nos céus, lançamos nossa sorte à deriva destes dias que virão. Sabemos sim, que nosso Rubicão há de desaguar num mar de possibilidades, mas, temos também a consciência de que, antes, deveremos transpor vales inseguros, florestas espinhosas e tempestivas, montanhas sinuosas e toda espécie de infortúnios propicio à quem ousa qualquer jornada.
2018 se projeta, tal qual uma página em branco, imaculada, nos seduzindo a escrever um novo capitulo de nossa existência. A pena e tinta estará em vossas mãos, paciente leitor, e será você, quem decidirá o gênero predominante em vossa história, se haverá a necessidade de personagens, se será um best seller, ou, uma faceta miserável de um folhetim. Não cometa a ingenuidade de produzir milhares de expectativas para este ano que desabrocha, pois amadurecemos o suficiente para compreendermos, que deveremos ir verdadeiramente à luta todos os dias. De boa vontade ou não fizemos nossa travessia e, tais quais as aguas correntes o nosso destino é o mar gigantesco, não há como retroceder. É óbvio que nos envolve um certo medo, confesso que também temo os novos dias, mas, exatamente igual no ano que findara, não fugirei aos obstáculos. E sei que, pela afinidade que desenvolvemos ao longo dos dias, você agirá exatamente assim, ou, de maneira bem mais sábia.
Ah paciente leitor!
Imagino quantos motivos lhe vieram tentar sua desistência, nos objetivos que traçara.
E quantas pessoas mesquinhas lhe magoaram, lhe feriaram a alma?
Quantas vezes você se convencera de que, lágrimas, de repente, fosse a única coisa que viria a produzir pelo resto de sua existência?
E mesmo, pisoteado por estas adversidades, consigo imaginar-te com brilho nos olhos, sorriso escancarado no rosto a comtemplar o novo ano que nascera. A refletir que, se ainda não conseguira dar o melhor de si, tens uma nova oportunidade. A agradecer pelo essencial da vida, aquela coisa invisível aos olhos, mas, que a gente sente alimentar a alma. Posso imaginar-te, tal qual este simples pecador que aqui deixa tais palavras, a enveredar-se por promessas que, aqui entre nós, jamais cumpriremos, mesmo que vivamos mais uns cem anos, tamanha a quantidade delas.
Então, a você, paciente leitor, faço sinceros votos, para que encontre neste novo ciclo que rompe o útero materno, maneiras saudáveis para buscar todos os seus objetivos. Se o momento lhe exigir lágrimas, então chore, derrame-as sem medo, para que, mais tarde, elas não turvem seu sorriso. Se for para temer, saiba que o medo, muitas vezes é um aliado, é nosso lado sensato falando mais alto. Se for para cair, proporcione a queda mais bela, pois, deverá ser a última de sua vida. E no final disso tudo, sorria, celebre, não somente a conquista, mas, a certeza de que encarara tudo com bravura. E se ainda não foi desta vez que eliminara todas as adversidades, sempre haverá um novo sol, um novo ano para você tentar tudo de novo.
Feliz 2018!
*Essa coluna é semanal e atualizada às quartas-feiras.