Mês de Liszt – EXCENTRICIDADES

  • Fofocas Musicais
  • Publicado em 26 de julho de 2020 às 03:15
  • Modificado em 8 de abril de 2021 às 14:23
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E falando de música, mas também de Fofocas Musicais, vamos a elas:

Dizem que Franz Liszt tinha 300 gravatas, inúmeros fraques, coletes, calças, essas manias  de pop star. 

Vaidoso ao extremo, sempre tinha que se apresentar de maneira impecável.

Perfeccionista, se dedicava aos seus trabalhos com esmero, para que ficasse claro para a humanidade que ele era o melhor.

Relacionamentos liberais, nunca se casou, mas teve a seus pés várias mulheres.

Teve duas companheiras. A primeira delas foi uma condessa que largou a família, marido e filhas, fugiu com ele para Suíça onde tiveram 3 filhos.

A segunda, uma princesa polonesa que se estabeleceu na Rússia, filha única e herdeira de uma fortuna incomensurável, mas que largou tudo para fugir com ele, levando sua filha e a governanta junto.

Atormentado pela fama e pelos fãs competia com Talberg, considerado seu maior rival da época.

Pomposo adorava honrarias e colecionava medalhas, espadas, brasões que recebia de presente nas homenagens.

Era comum as mulheres desmaiarem em seus concertos, por isso tinha médico de plantão para acudir aos desmaios no frenesi pelo compositor.

Viajava como um cigano, em suas tournées por vários países, onde sempre deixava uma mulher esperando pela sua volta.

Guardou seu método de técnica sem editar ou mandar para editora e dizem as fofocas que era para que ninguém chegasse a tocar como ele, era seu trunfo, seu segredo.

Fazia as coisas no seu tempo, do seu jeito, denunciando um temperamento excêntrico.

Teimoso e sempre dono da verdade, não aceitava que as pessoas o alertassem sobre as questões de saúde, tanto que na velhice realizava viagens longas e desconfortáveis.

Teve uma secretária ao final da vida, que pelo seriado apresentado, parecia estar esperando pela herança seja ela musical ou material.

Rodeado de interesseiros mantinha-se sempre amigável e confiava em todos.

Seu mordomo vendeu às escondidas mechas de seu cabelo para uma mulher suspeita, com atitudes suspeitas, vale dizer que talvez tenham utilizado para algum feitiço para prenderem este homem livre.

Tornou-se abade, abdicando de sua vaidade extrema e passando a usar batina.

Mas as mulheres continuavam procurando-o mesmo tendo se tornado abade.

Mantinha uma amizade e cumplicidade com sua última companheira, a qual visitava periodicamente no final da vida.

Sua filha o abrigou em sua casa, doente, com pneumonia à beira da morte, mas dizem alguns biógrafos que muito friamente.

Era alto, magro, feições de homem bonito, cabelos longos até os ombros os quais jogava quando tocava.

Seus pertences no final da vida se resumiam a uma Bíblia, poucos livros,  óculos, e suas quase mil folhas de exercícios de técnica que carregava consigo para onde ia. 

Tinha sua moradia num quarto do  Convento de São Marcos em Roma, onde passava poucos meses por ano, por causa das viagens incessantes.

Sua música famosa, Liebstraum n.3  ( Sonhos de Amor) foi escrita quando morava com a segunda companheira em Weimar, e se inspirou em poemas de Uhland e Freiligrath.

Rodeado de lendas, sua biografia é fantasiada ao ponto de aumentarem o tamanho de suas mãos, dizendo que é por isso que tocava muito bem. Não é verdade. Tem as mãos dele em gesso no Museu de Weimar, não tem nada de anormal.

Foi um homem bom.

Suas peças percorreram do profano ao sagrado, uma versatilidade excepcional.

Viveu muito tempo considerando a época: Nasceu em 22 Outubro de 1811 na Hungria e morreu em 31 Julho 1886 na Alemanha.

Um personagem que marcou a História do Piano em sua época e desafia os pianistas até hoje!


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