É Hora de recrutar…

  • EntreTantos
  • Publicado em 3 de julho de 2018 às 11:04
  • Modificado em 8 de abril de 2021 às 14:27
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Saudações paciente leitor! 

Devo expressar aqui, minha imensa gratidão pelo reconhecimento que venho recebendo, por estas mal traçadas linhas. Frequentemente, sou abordado por leitores, que realmente refletem sobre cada linha turva que aqui redijo. E, nestes momentos maravilhosos, tenho certeza de que, o senhor, paciente leitor, é mesmo o tipo de mente rara que dá combustão a esta minha paixão pelas palavras. Todavia, fui interpelado, sobre o que realmente tenho como o principal problema desta nossa sociedade.

Sei que vivemos numa época onde, todo mundo explica tudo. Milhares de pessoas se revelam diariamente, como guardiãs da chave da sabedoria. Honestamente, não pretendo confrontá- las, até porque, boa parte destas pessoas, possuem lápis bem mais poderosos que os meus. Além do mais, nada tenho a ensinar, o que faço aqui, é somente propor reflexão que, no meu ponto desta vista corroida pela astigmatismo, é um dos coringas deste baralho em nossa evolução.

Dificil selecionar um dos tantos problemas que afetam nossa sociedade, mas, devo sublinhar a omissão das pessoas de “Bem”. No entanto, como classificar uma pessoa que se enquadraria como dito cidadão de bem? Não paciente leitor, não creio que o monstro seja tão feio como o pintamos. Na verdade, boa parte de nós, acorda pré disposto a praticar o bem, ou seja, atos que condizem com uma existência saudável e, antes de dormir pedimos perdão, em oração pelas dezenas de maldades que praticamos ao longo do dia. Quando digo pessoa de bem, na verdade, estou penosamente sendo seduzido pela nossa hipócrita necessidade de rótulos, quando, na verdade, caíria muito bem , pessoas “envolvidas”, dispostas a edificação de uma convivência justa e saudável entre sua espécie.

As pessoas pré-dispostas a praticarem atos criminosos contra nossa sociedade, a usurpar a pátria, a macular o caráter de seus cidadãos, estão se organizando cada vez mais. Os “vilões” possuem estratégias, boa vontade, diferente do “homem de bem”, que chega do trabalho cansado, se joga no conforto do sofá e, mecanicamente, confronta o mundo diante do noticiário, como se fosse

o suficiente polemizar aquele post, protestar contra questões, para as quais, sequer emprestara um certo tempo a refletir. As grandes conquistas do planeta, não se deram pela omissão dos homens de bens. Nossa sociedade é edificada por sujeitos que saem na chuva de possibilidades. Políticos.

corruptos, elementos avessos às leis, se recrutam, se agrupam, se fortificam, enquanto os ditos cidadãos de bem, se omitem em sua caixinha, empregando suas energias em discussões vagas nas redes sociais.

Sei que a mídia televisiva, muitas vezes, destroem as expectativas do povo, em torno de uma sociedade, senão à la comercial de margarina, pelo menos, mais saudável, em todos os sentidos. Fazem as pessoas acreditarem, por exemplo, que os políticos corruptos estão em maior numero que, aqueles que realmente labutam em defesa do povo, a quem representa. Que a criminalidade é mais poderosa e sobrepõe aos indivíduos pacíficos. Ledo engano! A única diferença, o pequeno e impiedoso detalhe, é que eles saem na chuva, enquanto os demais, que realmente poderiam fazer algo de útil para a sociedade, para seu país, se omitem, na ilusão de um conforto utópico, que as paredes proporcionam.

*Essa coluna é semanal e atualizada às quartas-feiras.


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