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É abraço apertado. Cheiro de segurança. Amor que não cansa. É nossa comida favorita. Proteção nas horas de enrascada. Histórias muito bem contadas. É a lembrança da família reunida. Risadas e alegria. Sorriso sempre aberto e muita ternura envolvida. É o cheiro da laranja cortada. Da alfazema pós banho. Da bolachinha cuidadosamente enrolada. É o carinho na cabeça. O café posto na mesa. E olhar carinhoso de espanto para nossas (quase) surpresas.
Hoje me bateu saudades da minha Vó, mulher admirável, forte, linda, inteligente, resiliente, esforçada, dedicada, completamente fora do seu tempo. Ela se foi faz uns anos, mas todos os dias eu rezo por ela, e me enche o coração de alegria quando encontro alguém que a conheceu e me diz: aiiii que saudades da Tia Adi, que mulher incrível! Ontem mesmo olhei bem lá pro céu, pra estrela mais brilhante que encontrei e resolvi conversar com ela, contar sobre a vida, encontrar aqueles olhos quase verdes e brilhantes. Ela prontamente me ouviu, pois resposta melhor não poderia ter me dado.
Ahhh que bênçãos os dias em que temos a certeza que quem amamos nunca se vai, estão sempre por perto nos guiando e cuidando de nós. E hoje tirei o dia para agradecer pelo tempinho de prosa: ouvi suas músicas, senti os cheiros que me remetem a ela, passei por sua casa, comi a quitanda que ela mais amava. Obrigada pelo carinho e companhia, Vó! E obrigada por me ensinar o mais lindo amor de Vó, aquele que estraga e ensina, que protege e dá liberdade, que guia e ilumina, e que deixa os mais incríveis presentes no nosso coração!
p.s. Esse texto tem esse título, pois eu deixava ela até exausta de
tanto pedir para contar a história da Cigarra e da Formiga, era minha
preferida. E ela dizia que a vioinha da cigarra tocava ‘belelem
belelem’.