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Especialista defende a busca por outras soluções que podem contribuir para o alívio da dor das cólicas menstruais
Muitas mulheres durante o período menstrual recorrem aos analgésicos de venda livre – foto Shutterstock
As cólicas menstruais afetam uma porcentagem significativa das mulheres que menstruam. Para encontrar alívio do desconforto e da dor, muitas recorrem a anti-inflamatórios não esteroides, analgésicos de venda livre ou mesmo remédios mais fortes sob prescrição.
Mas o uso excessivo desses medicamentos para aliviar as dores das cólicas pode ser prejudicial à saúde.
O ginecologista especialista em endometriose Patrick Bellelis adverte sobre o uso indiscriminado e frequente de analgésicos.
“Embora eles possam fornecer alívio temporário das cólicas, o uso exagerado pode levar a problemas gastrointestinais, renais e até mesmo um risco aumentado de eventos cardiovasculares”.
“É essencial que as mulheres estejam atentas aos riscos potenciais e explorem abordagens alternativas de controle da dor menstrual”, orienta.
Além de contribuir para a evolução de problemas de saúde, mascarar os sintomas das cólicas menstruais com medicamentos pode, ainda, ocultar a identificação de outras condições mais sérias, como a endometriose.
“As mulheres que sofrem de dores intensas ou persistentes devem consultar um profissional de saúde para descartar quaisquer condições ginecológicas mais graves ou desequilíbrios hormonais”, frisa o ginecologista.
Sintomas e prevenção
De acordo com o médico colaborador do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, úlceras estomacais, sangramento e dores de estômago também são sintomas comuns do excesso de remédios, principalmente quando tomados com o estômago vazio.
Ele explica que seu uso prolongado pode causar dores de cabeça, complicando ainda mais a situação de quem busca alívio.
Por isso, em vez de abusar do uso de analgésicos, o especialista recomenda a adoção de uma rotina que possa contribuir para controlar as cólicas, como a prática de exercícios, a baixa ingestão de alimentos multiprocessados, o consumo de alimentos anti-inflamatórios e repouso, quando possível.
“Um estilo de vida mais saudável, com preocupação com seu próprio corpo, aliado ao acompanhamento médico periódico, é capaz de promover melhora significativa das cólicas”, finaliza Bellelis.
*Informações Alto Astral