​Clima quente e verão exigem cuidados para o câncer de pele

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 12 de dezembro de 2020 às 10:58
  • Modificado em 11 de janeiro de 2021 às 11:16
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Dermatologista reforça a necessidade de proteção durante a exposição solar para as pessoas de todas as idades

É importante evitar a exposição solar no período entre às 10h e às 16h e sempre que possível utilize chapéus, bonés, óculos de sol e procure por sombras, orienta a dermatologista Silvia

O clima quente, com o registro de temperaturas altas, comuns ao período de final de ano e proximidade do verão, exige cuidados para a prevenção do câncer de pele por meio da proteção durante a exposição solar em todas as faixas etárias.

A dermatologista Silvia Pavan, do Grupo São Francisco, que faz parte do Sistema Hapvida, alerta que os cuidados são simples, necessários e muito eficazes, podendo ser adotado facilmente na rotina das pessoas.

“Os cuidados envolvem o uso de filtro solar, de preferência com fator de proteção acima de 30 e que proteja contra os raios UVB e UVA, que devem ser aplicados 15 minutos antes da exposição solar e reaplicados a cada 2 ou 3 horas. Além disso, é importante evitar a exposição solar no período entre às 10h e às 16h e sempre que possível utilize chapéus, bonés, óculos de sol e procure por sombras”, orienta Silvia.

A médica ressalta ainda a importância de manter o corpo hidratado, que auxilia no equilíbrio e na saúde da pele. “Devemos ingerir de 2 a 3 litros de água por dia. A hidratação da pele é importante em todas as épocas do ano, inclusive, no verão quando nosso corpo está mais sujeito à desidratação. Devido ao calor intenso, transpiramos mais que o normal, o que acaba refletindo em uma enorme perda de água e nutrientes pelo suor”, explica.

De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), em 2020, os números de câncer de pele no Brasil correspondem a 27% de todos os tumores malignos no país, sendo os casos de não melanoma responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Já o câncer de pele melanoma tem 8,4 mil casos novos anualmente.

Um estudo da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) aponta que o quadro pode se agravar devido à falta de hábito da população em relação aos processos de prevenção e proteção da pele. De acordo com a pesquisa 63% das pessoas se expõem ao sol sem qualquer proteção.

Doenças de pele

A dermatologista do Grupo São Francisco observa ainda que no período de final de ano e do verão as pessoas ficam mais expostas aos ambientes externos e devem ter cuidados para evitar doenças de pele como queimaduras e micoses.

“É importante ter cuidado com animais, cachorros e gatos nas praias ou nos tanques de areia usados para a prática de esportes, pois a urina e fezes desses animais podem causar micoses e bicho geográfico. Outro ponto importante é redobrar a atenção ao mexer com plantas que soltam leite e frutas, como limão e figo, e a exposição ao sol, pois essa combinação causa queimaduras”, conclui Silvia.


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