Circuito Histórico e Turístico: Franca tem potencial econômico para novos roteiros

  • Felipe Angeloni
  • Publicado em 7 de março de 2025 às 08:00
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Franca tem uma história riquíssima e para que a população a conheça é preciso conhecer o seu patrimônio para melhor valorizá-la

A recente e auspiciosa iniciativa do Comtur (Conselho Municipal de Turismo de Franca), organizando o 1º Circuito Histórico e Cultural da Cidade, uma espécie de tour turístico com a participação de vários convidados, abre novos horizontes de negócios e oportunidades.

Nesse passeio, coube ao historiador, arquiteto e membro do Condephat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Turístico), Marcelo Pini Prestes, voluntariamente atuando como guia, dar novos ares de profissionalismo, valorizando mais cada um dos patrimônios visitado.

O que se espera a partir dessa iniciativa, vibrantemente aplaudida pelos participantes, com o apoio da empresa Nena Turismo – que cedeu um ônibus de dois andares para circular por alguns dos principais atrativos –, é que não pare por aí.

Que seja oferecido todo apoio ao professor Marcelo Prestes e outros com idênticos conhecimentos, para que novos e mais amplos tours sejam incrementados.

Divulgação antecipada

E seja feita uma divulgação prévia e convites para que mais pessoas, se interessando, participem, junto com os profissionais da imprensa, de hotéis, restaurantes, pousadas, de modo dar o máximo de visibilidade e tornar o evento uma opção tanto para quem aqui reside como para os visitantes.

E tendo como gancho o novo slogan de Franca “Moderna, Vibrante e Inovadora”, seria oportuno que a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento tomasse a frente, liderando eventos dessa dimensão e incentivasse o Conselho de Turismo nesse trabalho, sugerindo e acolhendo ideias, bem como – e o mais importante – colocando-as em prática.

Seria uma contribuição efetiva para impulsionar um segmento pouco explorado que é o turismo, não obstante o potencial local e regional que está disponível.

Envolver as demais Secretarias Municipais, especialmente aquelas fins, que cuidam (ou deviam cuidar), dos espaços e patrimônios públicos, seria uma das primeiras providências.

Sugerindo uma imediata checagem das condições atuais daqueles locais que devem ser visitados e promover as melhorias necessárias, de modo a valorizar esses atrativos, padronizando o visual, bem como todo o aparato de orientação, desde fachadas a placas de identificação e demais informações.

Roteiros urbanos e rurais

Somando-se a essas providências indispensáveis que envolvem a parte de zeladoria urbana, seria oportuno que os idealizadores dos passeios acrescentassem alguns outros no roteiro realizado recentemente.

Entre os quais, o Parque dos Trabalhadores “Papa João Paulo II”, Estações de Tratamento de Água e de Esgoto, Jardim Zoobotânico, Complexo Poliesportivo/Pedrocão, Museu do Calçado, Estação Mogiana, Teatro Municipal, Lanchão/Sesc, entre outros.

Para um segundo momento, aproveitando uma estrutura digitalmente disponível com os trajetos mapeados de dezenas de trilhas rurais no entorno de Franca, que fosse somado também essa opção.

O participante teria acesso a ambientes agropecuários, com a criação de gados corte e leite, inclusive os processos de ordenha e cuidados antes do envio para as usinas, além dos cafezais e todo processo, do plantio a torrefação, embalagem e comercialização.

Junto com essas medidas, para corroborar com o trabalho dos guias, caberia ao município buscar as parcerias com os segmentos envolvidos, se antecipando e disponibilizando materiais ilustrativos de qualidade, se possível bilíngue, que possam ser distribuídos aos participantes, com os recursos digitais para que as pessoas, querendo, possam,  do conforto do celular, aprofundar na pesquisa em busca de informações mais detalhadas a respeito do tema de seu interesse.

Emprego e renda

À presidente do Comtur, Tânia Mara Pinto Souza, e seus colegas conselheiros, cabe o papel de promover ações para que essa chama não se apague.

Lembrando que enquanto entidade que representa o Poder Público, propulsora deste novo ambiente ora vislumbrado, é hora também da Secretaria de Inovação e Desenvolvimento, de fato liderar e institucionalizar esses roteiros, promovendo-os inicialmente mensal e mais tarde, a depender da receptividade quinzenalmente, divulgando previamente esse calendário.

Como ocorre nos grandes centros, estaria inserindo Franca nesse universo e avançando para obtenção do MIT (Município de Interesse Turístico). Por consequência, se habilitando a receber do Estado mais repasses e investindo num segmento da economia em plena expansão no mundo, compondo um círculo promissor que envolve o turismo de lazer (com perspectivas de negócios), oferta de empregos, exigência de mão de obra qualificada e, naturalmente, a melhoria da renda.

História riquíssima

Com essa roda girando, vai exigir daqueles que estão na ponta, o aprimoramento de suas estruturas receptivas, podendo atrair investidores, como de quem está em busca de novas oportunidades de trabalho e de melhores salários.

Para tanto terão que buscar qualificação, abrindo campo para novas escolas, professores e mão de obra especializada.

Por fim, é de ser levada ainda em conta uma informação que embora seja notória, é pouco levada em consideração, reproduzida no Circuito pelo professor Marcelo Pini, segundo a qual “Franca tem uma história riquíssima e para que a maioria da população a conheça é preciso conhecer o seu patrimônio para melhor entendê-la e valorizá-la”.

Com dedicação e ações conjuntas não seria possível incrementar e tornar real esses roteiros turísticos?


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