Cientistas anunciam a criação de vírus capaz de matar todo tipo de câncer

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 9 de novembro de 2019 às 00:05
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:00
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Todos os anos, o câncer mata milhões de pessoas; e todas as partes do mundo pesquisam sua cura

Uma empresa australiana desenvolveu um vírus capaz de, supostamente, matar todos os tipos de câncer, revelou o jornal britânico Daily Telegraph nesta sexta-feira (8). 

E, se duvida que um vírus pode combater uma doença, pense duas vezes. Na verdade, a ciência vem fazendo isso há anos e com bons resultados. 

Repare: uma fórmula modificada do vírus da herpes está sendo utilizada como um tratamento eficaz contra alguns tipos de câncer da pele. 

A varíola bovina foi uma doença viral que formou a base das primeiras vacinas contra a varíola para humanos.

Os  cientistas estão agora utilizando a varíola bovina como base para um tratamento chamado CF33 para tratar o câncer. 

Os testes  demonstraram que o vírus é capaz de reduzir as células cancerígenas em roedores e agora a empresa Imugene, que desenvolveu o tratamento, está mais perto de testar a fórmula em humanos.

Segundo o professor Yuman Fong, especialista em câncer, “desde o início dos anos 1900, que há provas de que os vírus podem tratar o câncer, quando as pessoas com câncer foram vacinadas contra a raiva e o câncer desapareceu”, disse ao Daily Telegraph.

 “O grande problema era que, se se criasse um vírus tóxico o suficiente para matar o câncer, este podia matar o homem também”, continuou.

Sanchia Aranda, diretora do Cancer Concil, na Austrália, confessou ao Daily Telegraph estar preocupada que o sistema imunológico das pessoas testadas crie uma defesa contra o vírus e o destrua antes que ele elimine o câncer.

“As células cancerígenas são muito inteligentes e sofrem uma mutação para sobreviver e há uma probabilidade de que evoluam para se tornarem resistentes ao vírus, como fazem agora para se tornarem resistentes à quimioterapia e imunoterapia”, justificou. 


+ Ciência