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Ângela Villela Olinto é líder no novo campo da “física das astropartículas” e trabalha em projetos com a Nasa
Olinto é doutorada em Física pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
A física de astropartículas e professora da Universidade de Chicago, Angela Villela Olinto, tornou-se membro da Academia Americana de Artes e Ciências.
Este título a coloca ao lado de nomes como Albert Einstein, Martin Luther King, Winston Churchill, Nelson Mandela, Charles Darwin e muitos outros.
Já na mesma semana, Olinto integrou a Academia Nacional de Ciências, que, só neste ano, elegeu 120 membros, sendo 59 mulheres – o maior número já eleito em um único ano.
Quem é Angela Olinto?
Olinto é formada em Física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e é doutorada em Física pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
“Na faculdade me interessei por física de partículas e, no doutorado, pela astrofísica. Do pós-doutorado em diante, me dediquei a construir este novo campo que reúne as duas áreas de meu interesse anterior”, diz Olinto sobre seu interesse pelas astropartículas.
A especialista é considerada líder no novo campo da “física das astropartículas”, que são partículas que compõem ou interagem com a matéria, como os núcleos atômicos e os neutrinos, que vêm de fontes astrofísicas distantes do sistema solar.
De acordo com Olinto, as possíveis fontes das astropartículas incluem “buracos negros supermassivos, galáxias com formação intensa de estrelas, estrelas dissociadas por buracos negros e colisões que produzem ondas gravitacionais”.
Ao longo da carreira, Angela fez contribuições teóricas e experimentais sobre astropartículas.
Seus trabalhos incluem pesquisas sobre o estudo da estrutura das estrelas de nêutrons, teoria inflacionária, origem e evolução dos campos magnéticos cósmicos.
Outras pesquisas foram sobre a natureza da matéria escura e a origem das partículas cósmicas de maior energia, como raios cósmicos, raios gama e neutrinos.
Projetos com a Nasa
Em conjunto com a Nasa, Olinto é responsável pela pesquisa de diversos projetos, entre eles o EUSO-SPB (“Observatório espacial do universo em um balão de superpressão”, em português), um balão de alta pressão que viaja numa altitude de 33 quilômetros.
Com previsão de voo para 2023, seu objetivo é detectar raios cósmicos de ultra alta energia.