Ciclo do botox: a partir de que idade ele é recomendado e quando partir para outra?

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 15 de agosto de 2024 às 18:00
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Médica explica como age a toxina botulínica, uma das substâncias mais populares contra as temidas rugas e marcas de expressão

A toxina botulínica é uma substância muito utilizada contra os efeitos da passagem do tempo na pele. A lista de profissionais que estão autorizados a fazer uso dela, assim como a de locais onde ela pode ser encontrada é grande, talvez por isso seja a mais utilizada e com tamanha popularidade.

Mas como a toxina age no corpo?

A médica cirurgiã plástica Patrícia Marques conta: “A toxina botulínica bloqueia o neuroreceptor fazendo com que o impulso nervoso não consiga contrair o músculo. É como um enfraquecimento, uma paralisia temporária porque o receptor vai se renovando periodicamente e passa a atuar novamente”.

Ainda de acordo com a especialista, a primeira opção – e mais acessível – para retardar o envelhecimento da pele é o uso do hidratante e do filtro solar com regularidade, a pele bem hidratada e protegida contra os efeitos do sol, demora muito mais para envelhecer.

Depois disso, a toxina botulínica está entre as melhores opções e deve ser aplicada de duas a três vezes por ano dependendo da área e da pessoa.

O custo médio fica em torno de 1.500 reais a aplicação nas três principais áreas do rosto: glabela, como é conhecida a região entre os olhos; testa; e o canto externo dos olhos, conhecidos como pés de galinha.

Quando iniciar

A dra. Patrícia explica que a idade recomendada para iniciar a aplicação da toxina botulínica é antes de enrugar a pele, como medida preventiva.

“Quando a gente percebe que a pele está começando a criar vincos, essa é a hora, não pode passar disso, seria por volta dos 30 anos, pode ser antes ou depois, dependendo do tipo de pele, se a pessoa é muito expressiva e o tipo da musculatura, tudo isso deve ser considerado e avaliado por um profissional”, diz.

O intervalo de tempo para aplicação é mais ou menos igual para todo mundo, a cada quatro ou seis meses precisa reaplicar.

Quando deixa de ser a melhor opção

Não tem idade limite para deixar de usar a toxina, enquanto a pessoa quiser se cuidar e tiver com saúde, está valendo.

A questão é que vai chegar uma hora que a toxina não vai funcionar mais como um tratamento isolado, vai continuar sendo a melhor opção para prevenir as rugas, só que outros tratamentos serão necessários para repor volume, reposicionar tecidos, essas coisas, a toxina não faz.

“Para o objetivo de paralisar o músculo, não existe outra opção, a toxina é única e eficaz, só que com o passar do tempo, outras necessidades vão aparecendo, então as opções cirúrgicas existem aquelas para corrigir a flacidez da pele, o laser corrige rugas que já estão instaladas, mas para enfraquecer a musculatura, só a toxina mesmo, não tem outro tratamento que substitua”, explica a médica, que é membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e tem especializações em Barcelona e em Nova York.

Quem pode aplicar

Médicos, enfermeiros, biomédicos, dentistas e até farmacêuticos podem aplicar a toxina botulínica, mas apesar de abrangente, existem regras de cada órgão regulador, a prática não é considerada como irrestrita.

Profissionais de estética também estão autorizados, mas além do diploma de nível tecnólogo, precisam de uma formação complementar para atuarem com injetáveis.

“Vale sempre buscar por um local idôneo, que tenha um nome a zelar e um histórico de atendimentos, jamais se entregar ao mais barato ou àquele lugar que a amiga recomendou. A toxina é muito segura, os efeitos colaterais costumam ser leves e passageiros, mas lembrando que estamos falando de saúde, então todo cuidado é pouco”, finaliza Marques.

Sobre a especialista: Patrícia Marques é graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e tem especializações em reconstrução de mama e da face no Hospital de la Santa Creu i Sant Pau, em Barcelona, e no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em NY, EUA.

Também é especialista em medicina capilar e referência nacional em frontoplastia e redução de testa e já transformou a vida de mais de 800 pacientes com as cirurgias realizadas. CRM-SP 146410.