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Estudo mostra que, como não têm nariz, as formigas usam suas antenas para farejar o câncer
Formigas estão sendo usadas por cientistas como biodetectores de câncer – foto Freepik
Estima-se que uma entre cinco pessoas no mundo desenvolvem câncer em alguma etapa da vida. Mas pelo menos 40% de todos os casos poderiam ser evitados com medidas eficientes de prevenção.
Quanto mais cedo o câncer for detectado, mais cedo o tratamento pode começar. E, acredite, as formigas podem ajudar a medicina neste sentido.
Pesquisadores estão esperançosos de que esses insetos têm potencial de “atuar como biodetectores de câncer eficientes e baratos”, segundo escreveram no estudo publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences.
Embora essa capacidade ainda esteja longe de ser usado como ferramenta de diagnóstico em humanos, os resultados até agora são encorajadores.
Em laboratório, os cientistas enxertaram fatias de tumores de câncer de mama de amostras humanas em camundongos e ensinaram 35 formigas a “associar a urina dos roedores portadores do tumor com açúcar”, de acordo com o jornal The Washington Post.
Quando expostas à urina em recipientes, as formigas passaram 20% mais tempo próximas às amostras contendo tumores cancerígenos do que da urina saudável.
Como as formigas não têm nariz, elas usam receptores olfativos em suas antenas para ajudá-las a encontrar comida ou farejar parceiros em potencial.
Para o estudo, os cientistas treinaram formigas sedosas (Formica fusca) para usar esses receptores olfativos agudos para detectar tumores.
As células cancerígenas contêm compostos orgânicos voláteis (na sigla em inglês VOCs) que os pesquisadores podem usar como biomarcadores dos tumores.
Animais como cães – e agora também as formigas – podem ser treinados para detectar anomalias por meio do olfato. No entanto, os pesquisadores acham que as formigas “podem ter vantagem sobre cães e outros animais que são [mais] demorados para treinar”, ressalta o Washington Post.
*Informações Revista Planeta
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