Chegada da primavera aumenta o risco de doenças respiratórias

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 30 de setembro de 2019 às 22:31
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:52
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As crianças na faixa etária de 6 meses a 5 anos são as mais afetadas pelas doenças típicas dessa época do ano

A chegada da primavera traz consigo, além das flores, doenças típicas do período que se espalham com mais facilidade nessa época. A primavera segue até o dia 22 de dezembro, sendo sucedida pelo verão.

As crianças na faixa etária de 6 meses a 5 anos são as mais afetadas pelas doenças típicas dessa época do ano. As enfermidades surgem principalmente devido ao aumento da temperatura, tempo seco e outros agravantes. Infecções respiratórias, manifestações alérgicas e algumas doenças virais são comuns nesse período.

Os problemas respiratórios aumentam, em vista da liberação do pólen e também pelo tempo seco, ocasionado pela baixa umidade do ar, levando ao surgimento de quadros de rinite, bronquite e asma. A rinite se caracteriza pela inflamação das mucosas da cavidade nasal, levando a coriza, irritação e espirros.

Nesse período o aumento de substância irritantes no ar, além de desencadear os quadros respiratórios também pode levar ao surgimento da conjuntivite, que é uma inflamação na mucosa que reveste o globo ocular e causa incomoda nos olhos, vermelhidão, lacrimejamento e sensibilidade à luz.

Segundo a médica Soraya Cavalcante Mangueira, indica que tanto nos problemas respiratórios como na conjuntivite o cuidado com a higienização das mãos, principalmente antes de tocar no nariz, boca e olhos, e a limpeza do ambiente são os meios de melhor prevenção.

As doenças virais também aumentam nessa época do ano, são elas: roséola, sarampo, varicela e caxumba. A roséola é uma infecção causada pelo vírus do herpes humano tipo 6 e 7, que é transmitido pela saliva. Se caracteriza pela febre alta, com surgimento de manchas róseas. Pode surgir também coriza e falta de apetite.

Já o sarampo é uma doença viral extremamente contagiosa, que é transmitida por meio da saliva (tosse, espirros e fala), e secreções nasais. Os sintomas da doença são febre alta, tosse, conjuntivite, coriza, dor de cabeça, e após o segundo o quarto dia surgem manchas vermelhas na região cefálica e se estende para o corpo.

No sarampo existe um sinal característico que pode estar presente são manchas de Koplik (manchas branca-acizentadas) na mucosa bucal. Ele ainda pode evoluir para algumas complicações e levar até a morte. A vacina, que está disponível na Rede Municipal de Saúde ainda é a forma mais eficaz de prevenção.

Já a varicela também conhecida como catapora, é outra doença viral, comum nas crianças menores de 10 anos. Causada pelo vírus varicela zóster, que surge com febre, cefaléia, cansaço, falta de apetite e surgimento de manchas vermelhas que coçam bastante, as quais se transformam em bolhas cheias de líquido, que depois estouram.

Geralmente a doença dura de 1 a 2 semanas. É altamente contagiosa, transmitida por tosse e espirros, contato com a pele e ainda da mãe para o filho durante a gravidez, parto ou amamentação. A forma de precaução também é a vacinação.

A caxumba, por sua vez, afeta as glândulas parótidas (glândulas que produzem a saliva) e outras glândulas localizadas na região da mandíbula, que fica um pouco abaixo das orelhas, levando ao aumento dessa região.

Pode atingir outros órgãos e sistemas causando pancreatite, surdez, meningite e inflamação dos testículos. Os sintomas que podem surgir são febre, calafrios, dor muscular e dificuldade para mastigar e engolir. A transmissão ocorre por via aérea ou por contato direto com a saliva de pessoas infectadas. Sua prevenção também é feita através da vacina.

“É importante ressaltarmos que diante do surgimento de um desses sintomas, o ideal é procurar atendimento médico na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa para uma melhor avaliação, confirmação do diagnóstico e tratamento. Lembrando que o mais importante é evitarmos o surgimento dessas doenças através de bons hábitos de higiene, evitar locais de aglomeração, manter o ambiente limpo e arejado com janelas abertas, ingerir bastante água e principalmente estar em dia com o cartão de vacinação”, ressaltou Soraya Cavalcante.


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