CETESB orienta sobre redução de impactos ambientais em aterros

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 11 de maio de 2018 às 08:24
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:43
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Entidade oferece curso que aborda os avanços desses depósitos

Desde que aterros sanitários ganharam uma nova concepção e funcionalidade, o Estado esteve empenhado em desenvolver medidas que vão além de políticas de saúde pública. Ao longo dos anos, os locais deixaram de ser apenas depósitos de lixo e se tornaram importantes polos de proteção ambiental e produção de energia.

Pensando nisso, a Escola Superior da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB – ESC) promoveu o curso “Aterros Sanitários” com o intuito de abordar temas relacionados à evolução desses ambientes. A ideia, dessa forma, é mostrar que os aterros deixaram de ser indesejáveis e ineficientes.

“Passamos de um conceito antigo no qual o importante era cobrir os resíduos por questões de saúde pública, para uma nova época, na qual a proteção ambiental é imprescindível e os resíduos são vistos como material de potencial reutilização, reciclagem e recuperação energética,” explica o docente do corpo técnico da CETESB, Thiago Marcel Campi.

A coordenação técnica do curso coube a Alfredo Rocca, da Diretoria de Avaliação de Impacto Ambiental, e coordenação executiva de Renato Médice Kacinskis, do Setor de Cursos e Transferência de Conhecimento. Através dele, os alunos contaram com enfoques em saúde pública, que prioriza o controle de vetores transmissores de doenças, à adoção de medidas preventivas à poluição ambiental e ao reaproveitamento do biogás gerado pela decomposição do lixo.

O docente convidado Luiz Sérgio Kaimoto, da empresa CEPOLLINA Engenheiros Consultores, mostrou a realidade nacional no que diz respeito a projetos de operação de aterros sanitários, os quais classifica, no panorama técnico, superiores a vários aterros da Europa e dos Estados Unidos. “Como parte dessa avaliação, ressalto a aplicação de técnicas de engenharia e planejamento ao longo de toda trajetória de desenvolvimento da operação”, afirma.

O curso, que aconteceu no final de abril, contou com a participação de 27 alunos. No último dia, eles realizaram uma visita técnica às unidades da empresa Essencis Soluções Ambientais, especializada nas questões de tratamento, valorização e destinação de resíduos.

Para a aluna Vera Marcia Acceturi, engenheira civil e fiscal ambiental do Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL), as aulas proporcionaram maior segurança no entendimento dos aterros. “[O curso] também fortaleceu o pensamento técnico nas bases político-administrativas relacionadas às premissas de soluções consorciadas, e, principalmente, elucidou novas tecnologias como o aproveitamento do biogás para geração de energia elétrica”, diz.

Quem também avaliou a qualidade do curso foi o engenheiro sanitarista e ambiental Leandro Gonçalves da Silva, de Pindamonhangaba. “Participar do curso de Aterros Sanitários promovido pela CETESB foi muito importante. Na vanguarda das ações ambientais, os professores se mostraram didáticos e qualificados”, completa.

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