Cerca de 1 milhão de pessoas voltou a procurar emprego, segundo IBGE

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 4 de setembro de 2020 às 14:57
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:11
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A população ocupada do país foi estimada em 82,1 milhões na segunda semana de agosto

Cerca de 1 milhão de pessoas voltaram a buscar trabalho na segunda semana de agosto (entre os dias 9 e 15), de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Covid-19). 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela pesquisa, esse é um reflexo das flexibilizações do isolamento social.

A população fora da força de trabalho, que não estava trabalhando nem procurava emprego, atingiu 75,5 milhões de pessoas – na primeira semana do mês eram 76,1 milhões.

Entre essas pessoas, cerca de 27,1 milhões – 35,9% da população fora da força de trabalho – relataram que gostariam de trabalhar, um recuo ante a semana anterior quando o número era de 28,1 milhões (36,9%). 

O resultado da segunda semana de agosto é estável na comparação à primeira semana da pesquisa, entre 3 a 9 de maio, quando 27,1 milhões (35,5%) disseram que gostariam de trabalhar.

Ainda de acordo com o IBGE, a pandemia ou a falta de trabalho no local onde vivem foram os motivos para que 17,7 milhões dessas pessoas que gostariam de trabalhar não chegassem a procurar emprego – uma queda em relação à semana anterior, quando esse número tinha chegado a 18,3 milhões.

Ocupada​

A população ocupada do país foi estimada em 82,1 milhões na segunda semana de agosto, o que mostra estabilidade em relação ao período anterior, quando eram 81,6 milhões de pessoas. 

O número, entretanto, é menor que o registrado na primeira semana da pesquisa, de 3 a 9 de maio, quando 83,9 milhões de pessoas estavam ocupadas.

Segundo a pesquisa, a população ocupada e não afastada do trabalho ficou em 75,1 milhões de pessoas, uma estabilidade se comparado à semana anterior (74,7 milhões) e um crescimento na comparação com a semana de 3 a 9 de maio (63,9 milhões).

Nesse grupo, 8,3 milhões (11,1% da população ocupada e não afastada) trabalhavam remotamente – estabilidade ante a semana anterior em que havia 8,6 milhões (11,5%) em homeoffice.

O nível de ocupação alcançou 48,2% e ficou estável frente a semana anterior (47,9%), mas em queda na comparação com a semana de 3 a 9 de maio (49,4%).

Desocupada​

A Pnad Covid-19 indicou que a população desocupada chegou a 12,9 milhões de pessoas, pouca diferença em relação à semana anterior (12,6 milhões de pessoas). Apesar disso, foi maior que a da primeira semana da pesquisa (9,8 milhões).

Entre 9 e 15 de agosto, a taxa de desocupação ficou em 13,6% mostrando estabilidade se comparada à semana anterior (13,3%), mas registrando alta em relação à primeira semana de maio (10,5%).

Para a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, embora pouco significativo, houve um leve aumento tanto na população ocupada, como na desocupada e uma discreta diminuição da população fora da força de trabalho, o que representa, além da retomada das atividades econômicas, uma recuperação do emprego.

“Mostrando sinais de recuperação do mercado de trabalho, principalmente, quando a gente olha a população fora da força de trabalho, que também teve uma variação não significativa, mas negativa desse contingente”, comentou.

Informalidade​

Os dados de informalidade também mostraram recuperação. Mesmo estatisticamente estável, o total de pessoas que estava trabalhando de forma informal (28 milhões) foi pouco acima do registrado na semana anterior (27,9 milhões). 

Com isso, a taxa de informalidade ficou em 34,1%. No início de maio, eram 30 milhões de trabalhadores informais, que são os empregados do setor privado sem carteira; trabalhadores domésticos sem carteira e trabalhadores que não contribuem para o INSS.

“O trabalho informal, desde o início da pesquisa, vinha caindo e agora nas últimas duas, três semanas ele vem apresentando variações positivas”, afirmou.

Isolamento​

As pessoas que estavam afastadas do trabalho por causa do isolamento social somaram 4,3 milhões na segunda semana de agosto, ficando estável. 

No entanto, aumentou para 2,7 milhões o grupo que estava distante do trabalho por outro motivo, como licença-maternidade ou doença.

*Informações Agência Brasil


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