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No mês de julho, foram embarcados 8,18 milhões de pares, que geraram US$ 101 milhões
No mês de julho, foram embarcados 8,18 milhões de pares, que geraram US$ 101 milhões
O cenário internacional, de queda no ritmo de crescimento e elevadas taxas de inflação continuam pesando sobre as exportações de calçados.
No mês de julho, dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que foram embarcados 8,18 milhões de pares, que geraram US$ 101 milhões, quedas em volume (31,3%) e em receita (9,6%) em relação ao mesmo mês de 2022.
No acumulado dos sete meses do ano, as exportações somaram 72,93 milhões de pares, que geraram US$ 727,55 milhões, quedas de 16% e 4,7%, respectivamente, ante o mesmo ínterim do ano passado.
Mesmo com o revés, no comparativo com o mesmo período de 2019, na pré-pandemia, o setor ainda segue com índices positivos nas exportações, 11,4% em volume e 28,3% em receita.
Dinâmica mundial
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, ressalta que a queda nas exportações de calçados é decorrente da menor dinâmica na economia internacional, especialmente nos Estados Unidos, agora o segundo principal destino do calçado verde-amarelo no exterior – que foi ultrapassado pela Argentina.
“Para a Argentina, que foi um dos motores do nosso grande crescimento no ano passado, os calçadistas também vêm encontrando dificuldades, especialmente em função das dificuldades do acesso ao mercado de câmbio e o dilatado prazo para pagamentos das importações, que chega a meio ano”, comenta o executivo.
Segundo ele, também pesam significativamente as elevadas taxas de juros internacionais para controle inflacionário, que continuam impactando na dinâmica do consumo interno dos países.