Casar tem se mostrado cada vez menos saudável, de acordo com estudo

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 3 de agosto de 2019 às 20:55
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:42
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Segundo pesquisa, o conflito entre os companheiros é cada vez maior ao longo do tempo

Amar e ser correspondido é sempre bom. Não à toa, as pessoas continuam criando uniões formais ou não. O matrimônio pode ser muito bom, mas um estudo publicado no periódico científico Social Science Quartely aponta um ponto fraco no casamento.

As análises compararam dados pessoais sobre a saúde de pessoas casadas em 1955 e 1984. Os resultados apontam que enquanto as gerações mais velhas veem uma melhoria na saúde com o casamento, o efeito da troca de alianças tem piorado conforme o tempo.

Os cientistas apontam para um fator chamado “vantagem protetora”, o qual era mais comum antigamente e, nos dias de hoje tem perdido a força. Isso porque antes essa sensação era mais comum em mulheres em uniões com 10 ou mais anos, devido à segurança econômica e social que os casamentos costumavam a oferecer.

Agora, com a aceitação mais ampla do divórcio e da solteirice, bem como a liberdade de trabalhar, as mulheres não precisam mais desse tipo de apoio.

Na pesquisa, foi considerada a saúde percebida pelas pessoas, ou seja, a noção de bem-estar pessoal. Apesar disso, as análises apontam para adversidades físicas, decorrentes do matrimônio, com destaque para o ganho de peso, que foi acentuado com o tempo.

De acordo com os cientistas, o casamento se tornou mais estressante ao longo das décadas, o que afeta diretamente a saúde dos indivíduos. “O conflito entre trabalho e família aumentou nas últimas décadas do século 20, e o tempo real dos cônjuges juntos diminuiu ao longo deste período”, aponta Dmitry Tumin, autor do estudo e sociólogo. “Contra um pano de fundo de maiores demandas em casa e no trabalho e menos tempo gasto juntos, os casais de hoje podem experimentar o casamento mais como uma fonte de conflito e estresse do que como um recurso que salvaguarda sua saúde”, completa.


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