Cartórios de SP lançam projeto para melhorias em escolas públicas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 20 de março de 2018 às 23:59
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:38
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Projeto Adoção Afetiva prevê ações voluntárias para melhorar condições das escolas estaduais

Cartórios de todo o
estado de São Paulo lançaram na última terça-feira, 20 de março, o projeto
Adoção Afetiva, uma parceria com a Secretaria Estadual da Educação, que prevê
ações voluntárias para melhorar as condições das escolas estaduais. As ações
envolvem pintura das escolas, reforma de mobiliário e palestras para os alunos.
Não há qualquer custo envolvido, segundo os parceiros.

Ao todo, 166 cartórios paulistas se candidataram a integrar o
projeto e receberam a indicação da secretaria sobre qual escola adotar. Depois
desse processo, reuniões são realizadas com os diretores de cada escola para
definir que ação será realizada em cada uma delas. “A ideia do projeto é ligar
os oficiais de cartórios e tabeliães a uma escola e, lá dentro, fazer com que
ele tenha liberdade, junto com o diretor, de definir uma ação ou um projeto,
desde uma aula de reforço a uma aula de poesia e de redação, ou pintar uma
parede, criar uma horta ou fazer o jardim da escola. O projeto dá a liberdade
das pessoas acharem o que é melhor para aquela comunidade, para aquela escola”,
disse Leonardo Munari de Lima, presidente da Associação dos Notários e
Registradores do Estado de São Paulo (Anoreg/SP).

Lançamento

O lançamento ocorreu na Escola Estadual Cesar Martinez, na
capital paulista. Presente ao evento, o secretário estadual da Educação, José
Renato Nalini, disse que qualquer pessoa física ou empresa também pode
colaborar com as escolas. “Podemos ver a perspectiva de uma contaminação
benéfica. Alguém verificando que a escola está sofrendo uma influência
gratificante e favorável, pode comover uma outra escola a procurar parceiros”,
disse Nalini. “A participação da sociedade pode ser um fator de convencimento
de que podemos ter gestões mais abertas, mais espertas, mais racionais”,
ressaltou.

A diretora da instituição, Roseli Lira Leite, disse que o
projeto vai ajudar muito a escola. “A questão recurso não existe. Existem dons
e vocações a serviço da comunidade. Cada um tem um dom e vai colocá-lo a
serviço da escola. Por exemplo, uma pessoa que já foi professor e está em outra
função, ele tem essa vocação e vem aqui e monta oficinas dentro da escola.
Aquele que conserta uma porta, vem aqui e nos ajuda nisso”, exemplificou.

Segundo a Anoreg, a campanha acontece ao longo de todo o ano.
Uma das ações previstas será a instalação de cofrinhos da campanha nos
cartórios. O que for arrecadado nestes cofrinhos será depois revertido para a
compra de material e de uniforme escolar.