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Chamada de ID Estudantil, a iniciativa foi criada por medida provisória do governo de Jair Bolsonaro
O Ministério da Educação lançou hoje (25) a carteirinha estudantil digital. A ID Estudantil é baseada em uma medida provisória publicada pelo governo em setembro.
A emissão da carteirinha pode ser feita por meio de aplicativo de celular, de graça.
O download do app estará disponível na Apple Store e no Google Play. Com a ID Estudantil, os estudantes de todo o Brasil poderão pagar meia-entrada em shows, cinema, teatro e outros eventos culturais.
A carteirinha digital valerá para alunos da educação básica, tecnológica e superior.
Na apresentação, ocorrida em Brasília, Daniel Rogério, diretor de tecnologia da informação do MEC, afirma que a criação da carteirinha foi motivada pelo fato de o Brasil ser o quarto país com maior população conectada no mundo.
Rogério afirmou que o serviço digital é mais barato e bem mais rápido.
Ele também citou a Dinamarca como inspiração para o projeto, já que o país é o mais conectado em termos de governo digital no mundo, e obteve sucesso na implementação desse tipo de carteira estudantil.
A medida vem de uma ofensiva contra entidades estudantis como a UNE (União Nacional dos Estudantes), a Ubes (União Nacional dos Estudantes Secundaristas) e a ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos).
A carteirinha é a principal fonte de renda dessas organizações, que cobram cerca de R$ 35 por sua expedição.
Na última sexta-feira, ao anunciar o lançamento da carteirinha, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, criticou quem é contra o documento.
“Por que algumas pessoas são contra a carteirinha digital? Porque a UNE ganha R$ 500 milhões por ano fazendo isso. A gente vai quebrar mais uma das máfias do Brasil, tirar R$ 500 milhões das mãos da tigrada da UNE”.
O ID Estudantil prevê ainda a criação de um banco de dados nacional dos estudantes para subsidiar a formulação, implementação, execução, avaliação e o monitoramento de políticas públicas na educação.