Carnaval: vacinação contra febre amarela deve ser feita até esta 3ª, 19

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 18 de fevereiro de 2019 às 22:40
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:23
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Para que a imunização tenha efeito para o período do carnaval, deve ser feita nesta 3ª, 19 de fevereiro

Para que a imunização contra a febre
amarela tenha efeito para o período do carnaval, que neste ano será de 02 a 06
de março, a vacinação deve ocorrer até esta terça-feira, 19 de fevereiro.

A recomendação do governo paulista é,
sobretudo, para quem vai viajar para áreas de mata e ribeirinhas, pois a
proteção efetiva só ocorre após dez dias. A cobertura vacinal contra febre
amarela no estado alcança 70%, em média, com variação entre as regiões.

Todo o estado tem recomendação da
vacina por causa da circulação do vírus. A imunização é indicada para pessoas a
partir dos 9 meses de idade. Pacientes portadores de HIV positivo e
transplantados devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina. 

Não há
indicação para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses de
idade e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico,
radioterápico ou com corticoides em doses elevadas.

Os foliões que não se vacinarem no
prazo adequado devem evitar entrar em áreas verdes e devem usar repelentes e
roupas compridas e de cor clara para reforçar a prevenção, conforme orientação
da Secretaria Estadual de Saúde.

O último balanço do governo paulista,
que considera o período de janeiro à primeira quinzena de fevereiro, confirma a
ocorrência de 36 casos de febre amarela silvestre em São Paulo, dos quais nove
resultaram em morte. Em 2018, foram 502 casos e 175 mortes. Em 2017, foram
registrados 74 casos e 38 mortes. Não há casos de febre amarela urbana no
Brasil desde 1942.

Postos
volantes

Além da disponibilização gratuita nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a vacina é
oferecida em mais de 40 postos volantes espalhados pela cidade. A
instalação de unidades de vacinação em locais de grande circulação de pessoas é
uma das estratégias adotadas pela Secretaria Municipal da Saúde para atingir
cobertura vacinal de 95% até maio. O índice na capital paulista atualmente é de
77,05%.

Em 2018, foram confirmados 13 casos
de febre amarela contraídas na cidade de São Paulo, que resultaram na morte de
seis pessoas. De acordo com a secretaria, embora o vírus da forma silvestre da
doença esteja em circulação, conforme comprovou a contaminação de um macaco
bugio no Jardim Botânico/Parque Zoológico, não há nenhum caso confirmado de
contaminação da doença em humanos em 2019.

A lista das unidades volantes e dos
postos de saúde, bem como o horário de funcionamento, podem ser encontrada no
site da Prefeitura.

Arboviroses

O boletim epidemiológico do governo
municipal – atualizado até o dia 12 de fevereiro – aponta a ocorrência de 201
casos de dengue na cidade de São Paulo. O número de casos da doença em 2018
chegou a 563. Não foram registrados casos de zika ou chikungunya, que também
são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

O verão – com o aumento das chuvas –
é o período mais propício à proliferação de doenças transmitidas por arbovírus,
os quais são transmitidos ao homem por artrópodes, ou seja, por meio da picada
de insetos como o Aedes aegypti. Dengue, chikungunya e zika, além da febre
amarela, estão entre as arboviroses mais comuns no Brasil. No caso da febre
amarela, como o vírus em circulação, é o da forma silvestre, e as transmissões
ocorrem pelo mosquito Haemagogus e Sabethes.


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