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Os procedimentos podem ser ajustados de acordo com o quadro clínico e as necessidades de cada paciente com câncer
O Outubro Rosa, movimento de conscientização sobre o câncer de mama, é hoje um grande exemplo de campanha muito bem difundida nacional e internacionalmente.
No entanto, também é preciso lembrar que tanto essa doença quanto outros diferentes tipos de tumores também afetam pacientes de quatro patas.
O câncer é hoje uma das principais causas de morte de cães e gatos. Os tumores mais comuns são mastocitoma, no caso dos pacientes caninos, leucemia no caso dos felinos, e os linfomas, que afetam ambas as espécies.
Com o objetivo de alertar os tutores, o AmarVet’s Hospital Veterinário decidiu utilizar o mês de outubro para disseminar para a sua rede de pacientes e familiares informações sobre os tratamentos oncológicos tradicionais e também integrativos complementares.
Veja os pontos de atenção para os cuidados de um animal com câncer e também os principais tipos de tratamentos disponíveis nos dois modelos de medicina veterinária.
Primeiros sinais
É importante alertar que os primeiros sinais que costumam aparecer nos animais com câncer são emagrecimento progressivo, diminuição de apetite, vômito, diarreia, aparecimento de lesões e nódulos cutâneos, sangramento nasal, entre outros.
Segundo a Dra. Vanessa Perrotta, especializada em Oncologia Veterinária do AmarVet’s Hospital Veterinário, os tutores precisam estar atentos a esses sinais para que a avaliação veterinária siga com exames básicos de triagem oncológica.
Os exames básicos de triagem oncológica consistem na realização de hemograma, perfil bioquímico e exames de imagem, como raio-X de tórax e ultrassom de abdômen. “Em alguns casos, a tomografia ou ressonância são necessárias para melhor elucidação do caso”, explica a Dra. Vanessa.
Tratamentos tradicionais
As modalidades terapêuticas variam de acordo com o tipo do tumor e espécie do animal, mas , dentre elas, podem ser citadas: cirurgia, quimioterapia, radioterapia, eletroquimioterapia, entre outros.
Efeitos colaterais
A quimioterapia é um tratamento que pode intimidar os tutores só pelo nome. A Dra. Vanessa enfatiza que a quimioterapia não é um tratamento exclusivo para as células tumorais; por isso, eventuais efeitos colaterais podem aparecer nos cães e nos gatos.
No entanto, se comparadas aos efeitos causados em seres humanos, as sequelas da quimioterapia deixadas nos animais são mais brandas e não interferem na qualidade de vida dos pacientes.
“Quadros de náusea, vômito, diarreia, perda de apetite e baixa de imunidade podem aparecer, mas tudo isso pode ser tratado e prevenido ao longo do tratamento”, acrescenta a veterinária.
Recuperação
A taxa de sucesso no tratamento oncológico varia de acordo com o tipo de tumor e estágio da doença, e que o diagnóstico e tratamento precoce oferece melhor eficiência.
“Após uma cirurgia oncológica, o paciente entra em um processo de recuperação, com uso de analgésicos, antibióticos e antinflamatórios, além de visitas para troca de curativos e acompanhamento da cicatrização”, detalha a médica veterinária Vanessa.
Dentre as inovações dos tratamentos de combate ao câncer, destacam-se hoje aqueles baseados em imunoterapia e terapia alvo-molecular, pois trazem boas perspectivas para o controle da doença.
“A qualidade de vida dos pacientes oncológicos depende de uma série de fatores que envolvem as terapias estabelecidas pelo oncologista, um bom aporte nutricional, controle da evolução do tratamento através de exames rotineiros e também o amor e o cuidado dos tutores”, finaliza a Dra. Perrotta.
Tratamentos integrativos complementares
Uma abordagem complementar, que pode contribuir no bem-estar e no tratamento dos pacientes de quatro patas é a Oncologia Veterinária Integrativa. Ela associa cuidados menos convencionais aos métodos já tradicionais, potencializando a resposta aos tratamentos.
“Os tratamentos naturais têm uma grande afinidade biológica com as células do corpo, e, por isso, menor chance de efeitos colaterais”, explica a Dra. Caroline Preyer, especialista em Medicina Integrativa e da Longevidade do AmarVet’s Hospital Veterinário.
Ela ainda ressalta que, se fizer sentido para o tutor, o uso de elementos da natureza como mais uma ferramenta de cura física, mental e emocional para toda a família pode ser perfeitamente inserido na rotina do pet.
Terapias personalizadas
Da famosa acupuntura ao uso de ervas medicinais, as terapias integrativas indicadas no tratamento de animais com câncer auxiliam no controle da dor, melhoram a imunidade e aliviam sintomas que podem aparecer no pós-operatório ou decorrente ao uso de medicamentos usados no tratamento.
O uso de nutracêuticos, viscum album, que funciona como um quimioterápico natural, e aromaterapia são alguns dos métodos que oferecem ações contra o câncer e ajudam a controlar possíveis reações adversas que possam surgir.
As terapias integrativas ainda vão além, podendo englobar o manejo alimentar para garantir uma dieta equilibrada que melhore o dia a dia do pet, e também terapias quânticas, que podem tanto diagnosticar quanto tratar tumores através da utilização de frequências.
“Vale lembrar que o câncer é uma doença multifatorial, ou seja, é necessário utilizar uma combinação de estratégias para ajudar o paciente”, acrescenta a Dra. Caroline.
Felizmente, os procedimentos podem ser ajustados de acordo com o quadro clínico e as necessidades de cada paciente. Ou seja, as terapias integrativas são individualizadas, pensadas de acordo com o quadro de cada animal.
Bem-estar em primeiro lugar
A Dra. Caroline também ressalta que o que antes era chamado de Medicina Alternativa hoje deu lugar à Medicina Integrativa e Complementar.
“Essas técnicas têm como objetivo principal trazer conforto, equilíbrio e bem-estar geral ao paciente, podendo sim serem combinadas com os métodos tradicionais de tratamento. Mesmo quando lidamos com condições classificadas como ‘incuráveis’, nosso objetivo é que essa família tenha a melhor qualidade de vida possível, até o último dia”, pontua a especialista.