Campanha de vacinação contra febre amarela é prorrogada em São Paulo

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 18 de fevereiro de 2018 às 21:56
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:34
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Meta era imunizar 9,2 milhões em 54 cidades, mas comparecimento em postos ficou abaixo do esperado

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo
informou no último domingo, 18 de fevereiro, que vai prorrogar por mais uma
semana a campanha de vacinação contra a febre amarela, que se encerraria neste
fim de semana. O governo do estado de São Paulo, no entanto, ainda não definiu
se a medida será estendida aos demais municípios. A campanha teve início em 25
de janeiro com término previsto para o último sábado, 17 de fevereiro, quando
ocorreu o “Dia D”.

A meta era imunizar 9,2 milhões em 54 cidades, no
entanto, o comparecimento estava abaixo do esperado até o último dia 16, com um
total de 3.073.338 de pessoas imunizadas.

Na
capital paulista, a campanha vai prosseguir até o próximo sábado, 24 de
fevereiro. Segundo a secretaria municipal, durante o sábado, 17, foram
aplicadas 47.374 doses, das quais 2.242 doses do tipo padrão e 45.132
fracionadas. O balanço sobre os registrados do dia “Dia D” no estado só deve
ser divulgado nesta segunda-feira, 19 de fevereiro. No sábado, a campanha
mobilizou 12 mil profissionais com atendimento realizado em 900 postos fixos e
150 volantes.

Desde o início da segunda etapa da campanha,
iniciada em 25 de janeiro, 1.564.084 pessoas foram vacinadas com atenção
especial em 20 distritos das zonas Sul, Sudeste e Leste.

A
vacina não é indicada para grávidas residentes em locais sem recomendação para
a imunização, e também para os casos de mulheres amamentando crianças com até 6
meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico,
radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (como por exemplo lúpus e
artrite reumatoide). A secretaria estadual da saúde recomenda que, nesses
casos, é necessário consultar o médico.

Áreas
de riscos

Mais
da metade dos casos registrados desde o ano passado (53,19%) foram no município
de Mairiporã, ao norte da Grande São Paulo, cidade circundada por vasta área
verde de Mata Atlântica e na vizinha Atibaia (16,8%). Juntas, elas tiveram dois
terços dos casos de febre amarela silvestre no estado, e por isso, já estavam
em processo de vacinação desde o ano passado.

Ainda
de acordo com a secretaria estadual, de 2017 até o momento ocorreram 202 casos
autóctones de febre amarela silvestre no estado dos quais 76 deles evoluíram
para morte. Entre as vítimas estão um morador de Minas Gerais e outro de Santa
Catarina, ambos infectados em Mairiporã.


+ Saúde