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A idade pode desencadear uma série de problemas de saúde em nossos amigos de quatro patas; saiba como prevenir e identificar
Mesmo cães saudáveis ficam fragilizados com a idade – foto Freepik
A longevidade de alguns companheiros de quatro patas é algo que impressiona. No entanto, apesar de apreciado pelos tutores, é preciso reconhecer que cães idosos ficam mais fragilizados, já que a idade compromete o bem-estar animal.
Mesmo sabendo que o envelhecimento é natural, essa fase da vida exige uma série de mudanças importantes, tanto para o pet, quanto para os donos.
E isso tem a ver também com o surgimento de problemas de saúde. “Com os cães convivendo com a gente por mais tempo, começamos a perceber melhor doenças que não eram tão faladas antigamente e que estão muito associadas à questão da idade”, explica Nathalia Fleming, médica-veterinária e gerente de produtos da Ceva Saúde Animal.
Ainda que você não tenha cães idosos em casa, saber quais são os problemas de saúde que surgem nesta fase da vida podem te ajudar a prevenir ou evitar a forma mais grave de alguma doença.
Afinal, ao identificar um sintoma ou comportamento diferente, você estará preparado para buscar auxílio veterinário.
Confira agora quais são as doenças que mais acometem cães de idade avançada:
1. Doenças cardíacas
O tipo de problema e a intensidade costumam variar conforme o porte do animal, mas quase sempre está relacionado à idade do cão. Contudo, o primeiro sintoma é a tosse seca, seguida pelo cansaço na realização de atividades simples.
Um animal com doença cardíaca pode ter vida normal desde que diagnosticado precocemente e medicado de maneira correta, com acompanhamento contínuo e mais frequente do médico-veterinário.
Já a identificação da doença cardíaca pode ser feita através de um profissional. “A ausculta cardíaca faz parte da consulta com o médico veterinário, mas é recomendado que a partir dos 5 anos a avaliação cardíaca faça parte dos exames anuais do pet”, comenta a especialista.
2. Problemas odontológicos
De acordo com Fleming, os problemas mais comuns em cães idosos são o acúmulo de tártaro, placa bacteriana, doença periodontal e tumores na região da boca.
Além disso, alguns dentes podem quebrar, ter cáries e até mesmo extraídos. Nessa fase, também é comum que os dentes fiquem frágeis e acabem caindo
Por isso a escovação dental em pets é tão importante e deve ser realizada desde filhote.
A fim de evitar grandes problemas, a avaliação da cavidade bucal e limpeza de tártaro mais aprofundada pode ser recomendada periodicamente.
3. Catarata
A catarata é a opacificação da lente do olho, que pode ocorrer de forma total ou parcial, e é irreversível.
“Ela pode estar relacionada com o processo natural de envelhecimento do pet ou estar relacionada à diabetes mal controlada, desnutrição, traumatismos e inflamações”, comenta a médica-veterinária.
Apesar de visível, o diagnóstico dessa doença precisa ser feito por um profissional, já que após a detecção, é importante também pesquisar sua origem para tratar.
O quadro costuma evoluir para a cegueira do animal e, embora já exista cirurgia para reversão da catarata, ela pode não ser recomendada para alguns pacientes.
É possível que o pet conviva com a condição sem maiores problemas, mas com algumas adaptações.
Os passeios devem ser sempre no mesmo trajeto, para que o cão se sinta seguro reconhecendo os cheiros, sons e as distâncias percorridas.
“Se possível, evite a mudança de mobília em casa, mantendo as coisas sempre no mesmo local para evitar que o pet se sinta perdido ou acabe batendo, ou ainda esbarrando em algum móvel”.
“A caminha, água e pote de comida devem permanecer sempre no mesmo local, para que o pet possa ter acesso a eles sempre que precisar”, recomenda Nathalia Fleming.
4. Problemas ortopédicos
As articulações e cartilagens se desgastam com o passar do tempo, então cães idosos podem sofrer com dores. E entre as doenças ortopédicas mais comuns em pets estão a artrose. Os principais sintomas desta condição são:
– locomoção mais lenta;
– dificuldades para acessar locais mais altos;
– resistência a passeios mais longos;
– manqueiras; e
– resistência ao toque na área das articulações em episódios de dor.
A melhor maneira de prevenir pets de problemas como esse é a partir de uma dieta equilibrada. Isso porque o sobrepeso e a obesidade influenciam muito no desgaste precoce das articulações.
“Além disso, a realização regular de exercícios ajuda a manter a saúde muscular e aliviar o esforço das articulações. Uma boa opção para os pets que já sofrem com algum desconforto articular pode ser a utilização da hidroesteira, que alivia o contato com o solo e acelera a reabilitação articular”, indica a veterinária.
Por fim, em alguns casos, o médico-veterinário também pode receitar medicamentos específicos para reduzir os quadros de dor e suplementos alimentares que ajudam na reposição de colágeno e na proteção articular.
5. Câncer
Os tumores podem ser os primeiros sinais de câncer, principalmente em cães idosos.
Aumentos de volume dos linfonodos e presença de caroços pelo pescoço, axilas e dorso do animal, e feridas que não cicatrizam são sinais de alerta.
Já em casos de linfomas e leucemias, os primeiros indícios podem ser observados em exames de sangue feitos em consultas de rotina.
Assim como em humanos, a descoberta precoce traz maiores chances de cura.
O tratamento específico é determinado pelo veterinário e envolve o tipo de câncer, sua localização e estado geral do animal.
Fleming ainda explica que “em alguns casos, é recomendada a cirurgia para retirada do tumor e quimioterapia, em outros apenas a cirurgia ou o tratamento quimioterápico é necessário”.
Por isso, caso o seu animal esteja ficando mais velho, vale a pena ficar de olho e o mais importante: levá-lo em visitas regulares junto de especialistas, tudo bem?
*Informações Alto Astral