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Manter-se atualizado sobre os métodos utilizados por golpistas é uma forma de aumentar a segurança no ambiente digital
Com a proximidade das festas de fim de ano, a busca por imóveis de temporada cresce, e, com isso, aumentam também os golpes aplicados por cibercriminosos.
Eles se aproveitam do momento de alta procura para criar anúncios falsos, levando consumidores a prejuízos financeiros e transtornos em um período que deveria ser de descanso.
“Os cibercriminosos se adaptam às tendências e aproveitam datas comemorativas para maximizar o impacto de suas ações. No caso de aluguéis de temporada, a pressa e o entusiasmo dos consumidores podem torná-los mais vulneráveis às fraudes,” explica Julio Cesar Fort, diretor da Blaze Information Security.
Diante desse cenário, o especialista listou dicas sobre como identificar e evitar golpes online nessa época do ano. Confira:
1. Desconfiar de ofertas muito atraentes
Ofertas com preços muito abaixo do mercado são a isca perfeita para atrair vítimas de golpes. Segundo o executivo, os cibercriminosos utilizam a estratégia de criar anúncios virtuais irresistíveis, muitas vezes com imagens impressionantes e descrições detalhadas, para convencer os consumidores a agir rapidamente.
Esse senso de urgência é reforçado com mensagens como “última chance” ou “aproveite agora”, que pressionam a tomada de decisão antes de uma análise cuidadosa.
“Antes de fechar qualquer negócio, o consumidor deve pesquisar preços médios para o tipo de imóvel desejado e para a localização. Uma oferta muito barata em um período de alta procura deve ser vista com desconfiança,” ressalta Fort.
“É sempre recomendável comparar as condições oferecidas com outras disponíveis na região para identificar disparidades que possam sinalizar um golpe”, completa.
2. Utilizar plataformas confiáveis
Optar por plataformas reconhecidas de aluguel de temporada é uma forma eficaz de se proteger contra fraudes. Essas ferramentas oferecem intermediação nas negociações, proteção ao consumidor e suporte em caso de problemas.
Além disso, muitas utilizam sistemas de autenticação para verificar a legitimidade dos anúncios e locadores, criando um ambiente mais seguro para todas as partes.
“Sites autênticos e que utilizam recursos como login, recebem pagamentos e trabalham com informações sigilosas, obrigatoriamente possuem um protocolo HTTPS, uma camada extra de segurança. É possível verificar a partir da URL, que deve começar com ‘https://’ e ter um ícone de cadeado na barra de endereços. Isso garante que há uma troca segura entre o dispositivo e o servidor do site, correspondendo a página correta”, explica Fort.
3. Checar a autenticidade do anúncio
Anúncios fraudulentos podem parecer profissionais à primeira vista, mas, segundo o especialista, um olhar atento revela inconsistências. Solicitar fotos adicionais, como ângulos não mostrados no anúncio, ou até mesmo vídeos do imóvel pode ajudar a identificar sinais de falsificação.
Outra medida prática é utilizar da tecnologia e realizar uma chamada de vídeo com o locador para verificar detalhes do espaço e confirmar sua existência.
“Confirmar a localização também é essencial, além de usar ferramentas virtuais como Google Maps para verificar se o endereço fornecido corresponde às imagens do anúncio. Essa etapa simples pode expor discrepâncias importantes,” sugere Fort. Além disso, anúncios sem informações claras, como contatos ou detalhes sobre o imóvel, devem ser encarados com ceticismo.
4. Evitar pagamentos diretos
De acordo com o executivo, pagamentos realizados fora de plataformas confiáveis oferecem pouca ou nenhuma proteção ao consumidor.
Métodos como transferências bancárias, Pix ou boletos diretos são os preferidos pelos golpistas, pois dificultam o rastreamento e a contestação. A escolha de um meio de pagamento seguro é essencial para evitar prejuízos financeiros.
“As plataformas seguras geralmente retêm o pagamento até que a estadia seja confirmada, garantindo maior tranquilidade ao consumidor,” ressalta Fort.
Caso não seja possível utilizar uma dessas plataformas, é recomendável optar por métodos que ofereçam contestação, como cartões de crédito, para reduzir os riscos em caso de golpe.
5. Pesquisar o histórico do locador
O histórico do locador pode fornecer informações valiosas sobre a confiabilidade da negociação. Avaliações de outros usuários, perfis ativos há mais tempo e a existência de referências são indicativos de que o locador é legítimo. Por outro lado, perfis criados recentemente ou com poucas interações levantam suspeitas.
“É importante pesquisar o nome do locador em ferramentas de busca, verificar as avaliações disponíveis e observar o comportamento dele durante a negociação,” destaca Fort.
“Se o locador hesitar em fornecer informações ou parecer evasivo ao responder perguntas, isso deve ser visto como um sinal de alerta para possíveis problemas”, alerta.
Adotar essas práticas é essencial para evitar transtornos e prejuízos financeiros. “Manter-se atualizado sobre os métodos utilizados por golpistas é uma forma de aumentar a segurança no ambiente digital”.
“A prevenção é sempre a melhor estratégia. Entender como os golpes funcionam e adotar medidas simples pode fazer toda a diferença,” conclui o especialista.