Burn On: síndrome ‘prima’ do Burnout é depressão mascarada de estresse; saiba mais

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 29 de abril de 2024 às 11:30
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Burn On é caracterizado por uma depressão mascarada, uma exaustão depressiva crônica; dores no pescoço, costas, cabeça, bruxismo são os primeiros sinais

burn on

Burn on é uma depressão mascarada – foto Freepik

 

O burnout, uma exaustão extrema relacionada ao trabalho, já é uma síndrome reconhecida. Mas o que acontece quando a pessoa vive esse estresse constantemente sem aquele momento de colapso, mas de forma crônica?

Para essas, já existe um novo termo: o burn on.

O burnout é definido como uma síndrome resultante do estresse crônico no trabalho. A condição é caracterizada por um estado de tensão emocional e estresse que levam ao esgotamento físico e emocional, que afeta diversas esferas da vida de um indivíduo.

Os principais sintomas são:

– Ausências no trabalho;
– Irritabilidade;
– Queda na produtividade;
– Alterações bruscas de humor;
– Agressividade;
– Isolamento;
– Dificuldade de concentração;
– Lapsos de memória;
– Ansiedade;
– Depressão;
– Pessimismo;
– Baixa autoestima;
– Dor de cabeça e/ou enxaqueca;
– Fadiga;
– Mudanças nos hábitos alimentares;
– Palpitação;
– Pressão alta;
– Dores musculares;
– Insônia;
– Distúrbios gastrintestinais.

Já o burn on, criado pelos psicólogos alemães Timo Schiele e Bert Te Wildt e descrito pela primeira vez em 2021, é caracterizado por uma depressão mascarada, uma exaustão depressiva crônica.

Primeiros sintomas

Dores no pescoço, nas costas, na cabeça, bruxismo e perda da esperança são os primeiros sinais.

“Além das comorbidades psicológicas e doenças secundárias, como depressão, ansiedade ou vícios, também acreditamos que os afetados podem sofrer cada vez mais de fenômenos psicossomáticos, como pressão alta, e suas possíveis consequências”, diz Schiele.

Enquanto os pacientes com burnout precisam tirar licença médica do trabalho, quem tem burn on não para nunca.

“Os pacientes estão sempre à beira de um colapso, mas seguem em frente e cultivam, por trás de um sorriso, um tipo diferente de exaustão e depressão”, explicou Wilt.

Assim, ele é menos evidente que o primo famoso. Para conseguir escapar dessa vida frenética e tensão crônica constante, é necessário, primeiramente, reconhecer o problema, diz o especialista.

“O primeiro passo no tratamento, como costuma ser o caso, é se tornar consciente do problema”.

“As pessoas com síndrome de burn on com frequência aparentam estar funcionais, motivo pelo qual costumamos nos basear em relatos de familiares ou pessoas próximas”.

“É também importante refletirmos sobre nossos próprios valores pessoais”, explicou o autor ao jornal alemão Deutsche Welle.

A recomendação é buscar ajuda médica e diminuir o ritmo, com técnicas e atividades de relaxamento.

*Informações O Globo


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