Bronquiolite é confundida com gripe e resfriado, mas é preciso atenção

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de maio de 2018 às 12:51
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:44
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Uma das doenças mais comuns do outono e inverno, acomete bebês até 2 anos pela vulnerabilidade do organismo

Conhecida como uma das doenças
do outono e inverno, a bronquiolite é comum nesta época do ano, quando os
ambientes ficam fechados e a circulação do vírus é maior. A condição afeta, na
maioria dos casos, bebês de até 2 anos, quando o sistema imunológico da criança
ainda é mais vulnerável.

“São
nos primeiros anos de vida, quando o sistema imunológico ainda não está 100%
maduro, que pode surgir a bronquiolite. Ela é
decorrente da inflamação da parte final dos brônquios, os chamados bronquíolos,
e os sintomas iniciais são bem parecidos com os de um resfriado”, destaca o pediatra
Sérgio Gama.

A
doença acontece devido a um processo inflamatório nos bronquíolos. Apesar de se
resolver em poucos dias, é preciso estar atento às formas de contaminação, que
são semelhantes às de contágio de outras doenças tipicamente dessa época do
ano, como a gripe e o resfriado.

O pediatra
chama a atenção para a proliferação do vírus, que acontece
principalmente em locais fechados, por meio de secreções respiratórias e por
contato. “Crianças que convivem em ambientes com grande aglomeração de pessoas,
compartilham brinquedos com outras crianças, entre outras formas de contato,
estão mais suscetíveis à doença”, explica.

O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é considerado o
principal causador da doença, que geralmente ocorre de forma branda e gera
tosse, coriza, chiado no peito ou mesmo falta de ar – em casos mais graves – e
com ou sem a presença de febre. Esses sintomas podem ser confundidos com uma
crise de asma, no entanto, no caso da bronquiolite os sinais e sintomas não se
apresentam com quadros recorrentes.

A
condição da doença não costuma ser grave, entretanto, existem casos que exigem
hospitalização, especialmente no primeiro semestre de vida. A falta de ar e os
ruídos provocados por problemas respiratórios são sinais frequentes de maior
gravidade. A qualquer sintoma, o responsável da criança deve procurar o serviço
médico.

Como tratar?

A
bronquiolite tem cura e pode ter os sintomas aliviados por meio do controle da
febre, repouso e hidratação com a mamadeira ou leite materno. Além disso,
deve-se procurar orientação médica para a desobstrução nasal.

O
tratamento clínico das crianças que precisam ser internadas por conta da doença
envolve cuidados com a hidratação e oxigenoterapia. Há também casos em que o
paciente pode precisar se alimentar via sondas e, em quadros mais graves, o
bebê pode precisar de ventiladores mecânicos não invasivos ou invasivos para
que o desconforto seja atenuado. Isso é mais frequente em prematuros extremos,
cardiopatas e pneumopatas.

Prevenção

A
recomendação é evitar levar a criança para locais fechados e com muitas pessoas
e, inclusive, onde se sabe que há outras crianças com doenças respiratórias,
evitando, assim, o contato com outras pessoas contaminadas com o vírus.

Manter
o ambiente com ventilação adequada e lavar as mãos também são medidas
importantes.

Não
há uma vacina específica para a causa viral da bronquiolite, mas a
vacina da gripe pode diminuir os sintomas mais graves da doença, mesmo que a
influenza seja responsável pela minoria dos casos.


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