Brasil bate recorde de mortes em 24 h, chega a 5.017 e passa China

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 28 de abril de 2020 às 18:46
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:39
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São 71.886 casos oficiais no país, segundo os dados mais recentes do Ministério; 5.385 de ontem para hoje

​O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (28) que subiu para 5.017 o número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil — 474 óbitos confirmados nas últimas 24 horas, maior número registrado no período desde o início da pandemia. 

Com os dados atualizados, o país ultrapassou a China, que registra oficialmente 4.643 mortes por conta da covid-19. 

No total, são 71.886 casos oficiais no país, segundo os dados mais recentes do Ministério, com 5.385 novos diagnósticos de ontem para hoje. 

Segundo a pasta, ao menos 34.325 pacientes estão em acompanhamento e mais de 32.544 já se recuperaram. 1.156 óbitos seguem em investigação.

O Brasil tem subnotificação de casos e óbitos, indicam estudos recentes. Pesquisas brasileiras apontam que o número de casos aqui pode ser de 12 a 15 vezes maior do que o reportado pelo Ministério da Saúde.

A taxa de letalidade — que compara os casos totais pelos números de óbitos confirmados — no Brasil é de 7%, segundo a atualização do governo. 

O anúncio de hoje, no entanto, não significa necessariamente que 474 pessoas morreram nas últimas 24 horas. 

Desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde tem somado ao balanço diário mortes ocorridas dias atrás, mas com confirmação de covid-19 no último dia.

Na segunda-feira (27), em coletiva de imprensa do Ministério da Saúde, o Secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira declarou que o período de maior incidência de vírus respiratórios, como o caso da covid-19, é previsto para iniciar em duas semanas. 

Segundo Oliveira, o Brasil começava na segunda-feira (27) a 18ª semana desde que iniciou os boletins a respeito da situação do coronavírus no país. 

Projetando o pico de casos de outras infecções respiratórias que já acometeram o Brasil, ele apresentou o levantamento. 

“Estamos na semana epidemiológica de número 18. O período de maior incidência de vírus respiratórios ocorre em torno da 20ª, 22ª, 27ª semana. Em alguns anos ela se antecipa, em outros isso é prorrogado”, observou.


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